𝐶ℎ𝑎𝑝𝑡𝑒𝑟 𝐸𝑖𝑔ℎ𝑡

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Passei o dia na casa dos Swan, depois de sair do hospital. 

Charlie era um amor de pessoa, foi muito gentil ao me deixar ficar até que minha mãe viesse me buscar. Segundo ele, ficar sozinha com uma perna machucada estava fora de questão. E no fundo, agradeci por isso. Era realmente difícil subir escadas, me sentar direito no sofá, ou pegar algo nas partes altas da cozinha com uma tala. Ela imobilizava toda a área e eu tinha que deixá-la bem esticada, isso sem contar que não podia colocar peso nenhum no tornozelo. O resultado? Eu pulava de um lado a outro que nem pipoca, tomando cuidado para não relar o pé no chão, mas quando Charlie viu e brigou comigo, eu comecei a ter alguém para me ajudar a andar em cada canto que eu ia. Às vezes era o xerife, às vezes a filha. Dependia de quem estava mais perto. 

Foi horrível no início, eu me senti um fardo e detestei. Mas depois percebi que os dois não estavam fazendo por obrigação, eles realmente gostavam de mim e queriam ajudar. Especialmente Charlie, que nem me conhecia direito. Era fofa a maneira que se preocupava comigo como se eu fosse sua própria filha. Deveria ser uma dádiva da profissão. 

Eu me diverti muito, fora isso. Coloquei o assunto em dia com Bella, fofocamos sobre todos que conhecíamos e até quem não. Tentamos fazer a unha uma da outra, mas a garota era tão ruim quanto eu com esmaltes. Minhas cutículas ficaram horríveis e eu ri da cara de derrota que a garota fez. Depois nos sentamos no sofá da sala junto de Charlie para vermos uma partida de futebol. Eu não era muito fã do esporte, mas ainda sim comentei nos momentos importantes e provoquei o xerife a cada vez que seu time deixava o adversário marcar. Foi engraçado vê-lo franzir o bigode, xingando baixinho, e se levantar de cinco em cinco minutos para pegar uma nova cerveja. 

Realmente não sei como ele consegue ficar em forma bebendo tanto. Ou sóbrio. Parecia que seu organismo nem se abalava com a quantidade de álcool. 

No final da tarde meu estômago começou a doer. Eu estava sem comer nada desde cedo e a ausência de alimento era gritante. Desmaiaria logo se não enfiasse alguma coisa na boca. 

— Gente. — Chamei, me remexendo no estofado. Eu não sabia como dizer, além de estar terrivelmente constrangida. 

Ambos desviaram a atenção para mim. 

— Eu meio que estou com f… — Fui interrompida pelo ronco alto que minha barriga deu. 

Charlie e Bella riram, mas eu quase morri. Se tivesse um buraco aqui, com certeza eu me jogaria nele. 

— Vamos comer, garota. — O xerife levantou, desligando a tv. — Daqui a pouco preciso voltar para a delegacia também. 

Charlie estendeu a mão, me ajudando a levantar. 

— Achei que estivesse de folga. — Bella murmurou, visivelmente entristecida. 

— Quem dera, querida, mas ultimamente as coisas andam turbulentas por lá. Tem uma papelada enorme me esperando. — Respondeu. 

𝑰𝑹𝑹𝑬𝑺𝑰𝑺𝑻𝑰𝑽𝑬𝑳 ― 𝐽. 𝐻𝑎𝑙𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora