Como prometido, em cinco minutos estávamos no estacionamento do hotel.
Confesso que nem percebi o momento em que o carro parou, tão focada na sensação gostosa de nossos corpos juntos que literalmente me desliguei do mundo ao redor. Ter seus dedos gélidos deslizando pelas minhas costas, em uma carícia suave, também não ajudava a pensar em outra coisa. Era incrível como um simples toque dele conseguia enviar ondas de arrepios e formigamentos para áreas que eu nem sabia ser possível.
— Vamos fazer as coisas no seu tempo, meu amor. Só iremos entrar quando você estiver pronta. — Avisou, com a voz transbordando carinho e preocupação.
Desviei a atenção do vidro da janela para seu rosto. Pela milésima vez na noite, meu coração errou as batidas; droga, eu ainda não tinha me acostumado em ver tanta devoção evidente nas íris douradas, como se eu fosse seu tesouro mais precioso e exigisse todo cuidado do mudo. Era bom pra caralho, admito, e me fazia estremecer feito vara verde nos braços dele.
A beleza estonteante de Jasper também ajudava a me deixar sem fôlego, pensando por um momento se era um sonho ou não. As coisas entre nós dois mudaram tão depressa e tantas revelações foram feitas em uma fração de tempo tão pequena que às vezes parecia que sim, deveria ser minha mente ardilosa pregando uma peça em mim. Mas então sua mão me tocava, como agora, subindo das minhas costas para segurar um lado do meu rosto com delicadeza, e a hipótese ia por água abaixo.
Era real. Estávamos juntos. Eu realmente estava ali, sentada em seu colo no banco do motorista, em um estacionamento de hotel luxuoso e prestes a ter minha primeira vez com o homem que esperei tanto tempo para conhecer. O único que me fazia sentir segura e confiante para dar um passo tão grande.
Meu coração dizia que era a hora e meu corpo gritava que necessitava disso. Não havia absolutamente nenhuma parte minha que se opunha contra o que estava para acontecer.
— Estou pronta, mon âme sœur (Minha alma gêmea). — Garanti, na minha língua materna.
Um sorriso gigantesco ondulou os lábios de Jasper ao escutar a maneira amável que o chamei.
— Você sabe francês? — Perguntei, confusa com a reação.
— Estou estudando bastante sobre desde que te conheci, mas ainda preciso melhorar na pronúncia. — Revelou.
Foi a minha vez de sorrir, totalmente encantada com seu jeito fofo de ser. Eu sabia que não era fingimento para me impressionar ou algo assim, a gente sente quando alguém está forçando algo. Jasper estava sendo apenas ele mesmo e isso era o mais cativante. A fachada de vampiro malvado desmoronava um pouquinho mais a cada minuto que ficávamos juntos, apresentando o jovem gentil e doce que estava escondido no fundo.
— Eu posso ajudá-lo com isso outra hora, mas no momento eu realmente preciso de você. — Respondi, enfiando meu rosto na curva do seu pescoço. Céus, o perfume de Jasper deveria ser considerado a oitava maravilha do mundo! Era melhor do que flores recém apanhadas ou da água do mar se misturando com a areia da praia.
Depositei pequenos beijos pelo seu pescoço, subindo até a clavícula onde deixei um chupão de leve. A minha intenção era parar antes que as coisas esquentassem e descer do carro, mas o gemido sôfrego que o loiro deixou escapar me impediu.
Que som mais gostoso, puta que pariu. Meu corpo inteiro se arrepiou e uma onda insana de calor surgiu, se concentrando na minha buceta e me deixando acesa. Ah, eu não aguentaria esperar, minha mente estava nublada e eu só queria arrancar mais sons como esse dele. Aqui e agora.
— Alina… — Jasper tentou dizer, ao notar o brilho travesso nos meus olhos, mas a voz falhando ligeiramente não me convenceu.
Bufei, colando nossos lábios antes que tivesse a oportunidade de falar mais alguma coisa. Pedi passagem com a língua, sendo concedida, e tratei de explorar cada canto. O que começou calmo, lento, de repente era a forma que encontrei de demonstrar todo desejo e excitação que estava sentindo, dando tudo de mim. Quando o loiro percebeu, agarrou minha nuca com possessividade e assumiu o controle, devorando minha boca. Um ritmo sedento se iniciou, tendo meus lábios mordidos e chupados toda vez que perdia o fôlego, e quase não conseguia acompanhar, apenas deixando que fizesse o que quisesse comigo e me guiasse.
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𝑰𝑹𝑹𝑬𝑺𝑰𝑺𝑻𝑰𝑽𝑬𝑳 ― 𝐽. 𝐻𝑎𝑙𝑒
Vampire𝗔𝗟𝗜𝗡𝗔 𝗤𝗨𝗘𝗥𝗜𝗔 𝗔𝗣𝗘𝗡𝗔𝗦 recomeçar. Perder o pai e ser assombrada diariamente pelas lembranças do fatídico acidente era demais para a cabeça da adolescente, seu corpo implorava por paz. E ali, na minúscula cidade de Forks, a tão almejada...