Meu corpo estava imovel e meus olhos grudados naquela cena que acontecia bem à minha frente.
Claire estava inerte nas sensações que ela mesma causava em seu corpo, gemia enquanto estava apoiada no seu cotovelo esquerdo e sua mão direita trabalhava em sua intimidade.
Pela luz que batia contra seu corpo eu percebi que ele brilhava de suor. Ela estava entregue ao momento de prazer que ela vivenciava e aquilo era fodidamente excitante.
Apertei a barra de minha camiseta e mordi o labio inferior, encostando a testa no batente da porta.
Eu não deveria estar olhando-a, é errado e viola a sua privacidade de uma forma extrema. Mas porque eu não conseguia me mexer e sair dali?
Ouvi seus gemidos ficarem mais altos e levantei a cabeça para voltar a observa-la. Claire agora estava totalmente deitada na cama enquanto apertava os seios e se auto penetrava.
Annesley arqueou as costas e soltou um gemido sofrego antes de seu corpo passar a tremer deliciosamente em cima de sua cama. Ela estava gozando e o sorriso que apareceu em sua boca apenas terminou de acabar comigo.
Engoli em seco e respirei fundo, forçando meus pés a me tirarem dali o mais rapido possivel.
Por Deus, eu sou uma pervertida que fica olhando pessoas se masturbarem como se fosse um porno qualquer na internet.
Eu comecei a respirar direito apenas quando ja estava dentro do elevador. Eu estava pegando fogo e excitada de um jeito que eu não imaginei que ficaria.
Sai daquele elevador e entrei em meu carro, apertando as mãos no volante com força pra tentar aliviar a vontade que eu estava de me tocar tambem. Seria o cumulo da perversidade.
Guiei meu carro pelas ruas de Los Angeles quase que no automatico, ja que minha mente traiçoeira ficava me levando de volta para a imagem de Annesley nua em sua cama enquanto gozava e eu tinha que admitir que era uma bela imagem.
Passei pela recepção do meu predio sem nem quase falar com Tom, ja que eu estava com um letreiro neon piscando em minha testa dizendo o que tinha acabado de acontecer. Estava com medo e vergonha de sem querer acabar soltando algo que o fizesse cogitar o que rolou.
Adentrei meu apartamento e fui direto para o banheiro em prol de tomar outro banho, um bem gelado dessa vez.
Após meu momento de quase fraqueza eu me larguei no sofá, ligando a televisão e deixando em um filme qualquer que passava e assim o restante do meu dia se arrastou.
Evitei ao maximo voltar a pensar em Claire e foi dificil, mas eu convenci minha propria mente de que eu não queria mais lembrar daquilo e funcionou na maior parte do tempo.
Passava um pouco das 21:00 e eu havia acabado de fazer um macarrão a bolonhesa, quando tres batidas na porta ecoaram por meu apartamento. Lavei as mãos e corri até a porta, olhando pelo olho magico e quase falecendo ali naquele momento.
— Claire? – Abri a porta e senti minhas pernas bambearem – O-o que faz aqui?
Gaguejei e me praguejei mentalmente. Claire estava muito bonita, uma camisa social e uma calça jeans que agarrava bem todas as curvas de seu corpo. Ela não parecia ter bebido, pelo contrario parecia estar muito sobria, bem mais do que eu gostaria.
— Posso entrar, Belmonte?
— C-claro – Fechei os olhos assim que ela passou por mim, deixando um rastro forte de seu perfume
— Está sozinha ou Pietro está ai? – Indagou ao olhar pela extensão do apartamento
— Estou sozinha
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Cartas para Belmonte
RomanceSofia Belmonte estava no auge de seus 24 anos quando se encontrou no meio de uma grande bagunça. Estava em um círculo que consistia em seu namorado, sua chefe que ela odiava e uma pessoa misteriosa que a mandava cartas expressando o amor que sentia...