corte de dragões e naturais

15- assassina

Ao entrar na minha tenda, eu fui em direção a minha mesa de centro que havia vários livros em cima. Estalei o dedo e a mesa estava organizada.

- mais prático.- murmurou Cassian a alguns passos atrás de mim

Não fiz questão de me sentar na cadeira, apenas me virei encostando meu quadril e mãos a mesa folgando meu peso ali. E encarei os três machos illyrianos a minha frente.

- eu nem sequer sei por onde começar.- rosnou Rhys olhando para o teto.

- eu começaria a dois dias atrás, mas você quem sabe.- murmurei encarando o seu pescoço largo alongado para cima conforme sua cabeça descia e ele me encarava.

- acha isto engraçado? Sério mesmo?

Não, não era nem de longe engraçado.
Azriel estava entre Rhysand e Cassian e seu olhar era exitante para mim, talvez ao que aconteceu na sala quando foi Yasb e não ele que estava preocupado comigo, que ele mentiu.

- eu me livrei do que seria um incomodo na guerra

- você estava buscando uma vingança!- argumentou Rhysand.

- dois coelhos em uma cajadada só, não é este o ditado?

Rhysand se voltou para mim incrédulo. Mas foi Cassian que disse.

- além de você ter tirado vida de mulheres que eram tão vítimas na mão dele quanto você já foi, você ainda mentiu para nós. Todos nós.- suas palavras eram cautelosas e raivosas ao mesmo tempo.

- Cassian, eu sujei minhas mãos sim. Mas elas sendo inocentes ou não, morreriam na guerra de uma maneira muito pior do que em questão de segundos virarem cinzas. O que acha que aconteceria quando elas entrassem em batalha? Pais acha que acontecerá com Vassa ao entrar em batalha?- exclamei.- eu diminui um problema para elas e para mim. Pois todas eram completamente dominadas por Koschei e não a tempo em pensar em como salava-las quando tem gente inocente de verdade, morrendo!

- o que quis dizer com inocente de verdade?- gruniu Azriel, pela primeira vez falando na tenda.

- sei que elas também são inocentes, mas Koschei estava matando mais que isto. Estava matando pessoas que mal sabem empunhar uma faca de carne.

- pela mãe você é tão hipócrita.- ele murmurou em resposta.

- o que?- exclamei me levantando da mesa.- ah, deve estar se referindo aos monstros. Vou lhe contar uma historinha, encantador de sombras.- meu nariz devia estar cuspindo brasas agora.- por mais que seja reconhecida como sua majestade, não tenho controle sobre eles, por mais que eu odeie a forma como vivem e se alimetam, não tem como quebrar um ciclo que nem sequer a mãe poderia derrotar. Pois fendas foram abertas milhares de anos atrás. A monstros híbridos aqui, de um mundo com outro. E foram adaptados para o equilíbrio funcionar.

- foda-se a droga do seu equilíbrio.- rugiu ele. Azriel perdeu o controle.- foi essa droga de equilíbrio que forçou a criar dois mundos, um humano e outro feerico, para tentar manter os mais fracos a salvo. Foi essa droga de equilíbrio que já tirou bons amigos meus, foi essa droga de equilíbrio que quase devorou minha mãe!- Azriel suspirou tão alto que achei que seus pulmões iriam explodir.

- Azriel.

Cassian o chamou enquanto ele apenas me encarava ainda ofegante.

- Poderiam esperar fora da tenda?

Me referi a Cassian e Rhysand, senti a fúria de meu carranam pelo laço e a ignorei, eu apenas encarava o encantador de sombras. Contendo a minha própria raiva agora.

- vamos Rhys, nós conversamos com ela depois.- murmurou cas batendo no ombro do irmão ao se dirigir a saída.

Sabia que Rhysand estava em uma luta interna agora entre sair ou ficar, por fim ele deu meia volta soltando um longo suspiro e foi até o outro irmão.
Quando eles saíram, não fiz questão de erguer um escudo. Eu olhei aqueles olhos avelã e sua respiração descompassada.