see me.

nineteen.

Renjun se despedia da diretora e começava a caminhar em direção a sala dos armários. A diretora o chamou para conversar sobre suas notas de inglês que haviam baixado, a mais velha o aconselhou em ir até a sala dos armários e pegar o dicionário de inglês. O Huang poderia ser muito inteligente, mas quando se tratava de inglês, este tinha que lutar em todos os bimestres para passar na matéria. Tinha sorte em ter Mark, mas... O canadense não o ajudava em nada. A cada palavra que saía da boca daquele garoto era impossível de se entender, as vezes se questionava se o Lee estava mesmo falando inglês.

Enquanto caminhava até a sala, sentia a sensação de que estava sendo seguido. Se virou para trás, mas não encontrou nada. Renjun tinha certeza de que estava sendo seguido e já podia até imaginar quem poderia ser, mas não. Não viram nenhum sinal do Zhong até agora e sua cadeira estava vazia na sala de aula.

Adentrou a sala que era cheia de armários e abriu um deles, pegando o dicionário e ouviu o barulho de algo caindo. O Huang abriu sua mochila e colocou o dicionário lá dentro, iria a fechar, mas outro barulho de algo caindo pode ser ouvido novamente. Renjun engoliu em seco e tirou a pequena ferramenta do fundo de sua mochila. Ainda se perguntava porque carregava um canivete consigo.

- Tem alguém aqui? - Perguntou, estava com medo.

Andou até onde o barulho veio e viu uma sombra no canto da parede, andou até esta, mas não encontrou nada além de uma vassoura velha. O chinês liberou o ar que estava prendendo e quando ia se virar para ir embora, sentiu suas costas colidirem contra um armário qualquer ali.

"Merda." - O Huang pensou ao ver o chinês loiro em sua frente, tentou enfiar o canivete no braço do outro, mas este foi mais rápido e pegou seu pulso o levando até a frente de seu pescoço, onde a ferramenta ficou a centímetros de sua pele

- Me solta!

- Se tentar se debater, quem vai estar com o canivete enfiado no pescoço vai ser você e não eu. - Sorriu para o outro que tentava ao máximo não mexer seu pescoço. - Eu vou ser bem direto, Huang... Onde está a chave?

- E-eu não sei. - Falou, o Zhong poderia fazer o que quisesse, mas não revelaria ao outro com quem a chave havia ficado.

Chenle riu soprado. - É claro que não sabe. - Negou com a cabeça e deu um pequeno impulso no pulso do outro, o canivete agora estava praticamente grudado no vão pescoço do outro. - Eu vou perguntar novamente, onde está a chave? - O olhou, frio.

- Ela não está c-comigo. - Sua voz falhou e sentiu o lugar em que o canivete estava formigar. - Aquela coisa não está comigo!

O loiro estalou a língua no céu da boca e assentiu.

- Se não está com você... Com quem está? Hm? - Acariciou o rosto do chinês mais velho que mal se mexia. - Eu sei que com o Jeno não está. - Falou. - Ele é burro demais para ficar com a chave, não acha? Com certeza iria deixar ela a toa. - Pressionou com mais força o canivete no outro. - O canadense também não... Vocês não confiam cem porcento' ainda nele.

Renjun deixou uma pequena lágrima perdida cair e logo em seguida veio mais outras.

- Não chore, Injun. - Aos poucos, foi tirando o canivete da onde estava e viu um pequeno corte ali e estava sangrando. - Você é forte, não é? Aposto que aguenta mais do que um simples corte. Vai cicatrizar. - Sorriu de lado. - Mas voltando... Com o Jaemin não ficaria também.

O chinês engoliu em seco ao ouvir o nome do namorado? Não queria o Na machucado.

- Ele é bem desatento, né? Tão desatento ao ponto de deixar o próprio namorado sozinho. - Riu. - Então só sobrou o namoradinho do Lee. - Arqueou uma de suas sobrancelhas.