twelve.

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- Você não vai embora agora. - Chenle falou ao fechar a porta.

Renjun o olhava com uma expressão assustada. Tinha muitas opções em mente sobre quem poderia ser a pessoa que havia mandado as mensagens para Donghyuck, Chenle era uma delas e as chances de ser o Zhong aumentaram quando encontrou aquele telefone dentro da gaveta.

- Porque você fez isso? - Tomou coragem para falar e o Zhong riu soprado. - O Donghyuck teve uma crise de pânico por sua causa! Ele poderia ter morrido, Chenle!

- Foi só uma crisezinha de nada, Huang. Ele está bem, não está? - Trancou a porta do quarto.

- As mortes. Foi você? - Se afastou do loiro.

- A sua resposta está naquela porra de caixa, Renjun. Deveria ter pensado duas vezes antes de vir aqui bisbilhotar as minhas coisas. - Pegou uma tesoura que estava na escrivaninha. - Se quiser sair daqui vivo... Vai fazer o que eu quero. - Mexeu na ponta afiada da tesoura. - Se não... - Riu. - Ah, Huang... Eu vou ter o maldito prazer de ver esse seu rostinho angelical todo sujo de sangue. - Agarrou o pulso do Huang o trazendo para perto de si.

- Me solta. - Pediu, sério.

- Está vendo essa tesoura aqui? - Sorriu e mostrou o objeto para o mais baixo. - Ela é afiada, não é? - Recebeu apenas o silêncio em resposta. - Me responde, Renjun! - Aumentou o tom de voz.

O corpo do Huang tremeu pelo o pequeno susto. Seus olhos estavam marejados, mas não iria chorar. Era isso que Chenle queria, o ver completamente a sua mercê, mas não iria o dar esse gostinho ou pelo menos... Iria tentar.

- Ela é afiada, não é? - Repetiu. Renjun assentiu com a cabeça. Mas ainda não era o que o Zhong esperava. - Eu quero ouvir a sua voz, Renjun. Não me faça ter que fazer você falar. - Apertou o pulso do moreno.

- É-é. - Fechou os olhos com força.

- Isso. - Sorriu. - Imagina ela aqui. - Parou a ponta afiada em um lugar específico do pescoço de Renjun. - Enfiada bem aqui. - Riu soprado.

- Me solta. - Sua voz quase não saiu ao falar o "solta".

- Eu vou te soltar. - Falou. - Mas se eu descobrir que você abriu a boca para alguém, Huang... Você vai se ver comigo. - Falou baixo e o soltou.

...

Renjun andava em passos rápidos até sua sala. Havia chegado a pouco tempo no colégio, queria contar para seus amigos que a tal "pessoa" era na verdade Zhong Chenle, o namorado de Jisung. Mas não sabia do que o Zhong era capaz.

Entrou na sala e deu de cara com os cinco ali. Donghyuck foi o primeiro a perceber sua presença e se desencostou da parede.

- Poxa, até que fim, Renjun. - Suspirou aliviado. - Porque demorou tanto na casa do Chenle? - O Lee o questionou.

Renjun apenas ficou em silêncio. Contava ou não contava? Tinha medo do que Chenle poderia fazer consigo ou com qualquer um de seus amigos, principalmente Jisung que era o único mais próximo dele.

- Renjun? Está tudo bem? - Jaemin se aproximou de si. - Porque está tão quieto?

Receberam o silêncio novamente. O Huang não tinha ideia do que fazer. E se Chenle estivesse o observando de alguma forma? Seus olhos rodaram a sala inteira até pararem na janela, jurou ter visto o Zhong do lado de fora em pé encostado na árvore o dando um "tchauzinho" com a mão.

- Injun, fala com a gente. - Foi acordado de seus pensamentos pela a voz de Jisung.

Olhou novamente para a janela e não havia ninguém ali. O Na percebeu o olhar do Huang vidrado na janela e se virou para olhar para onde Renjun olhava. Não tinha nada.

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