•20• Sophia

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Coloquei meu celular de lado e comecei a dirigir até a casa de Gilinsky. Era meio que caminho para a minha casa, então eu não chegaria tão tarde. 

Depois de alguns minutos dirigindo, estacionei na casa de meu amigo. Vi a tela de meu celular se ascender e peguei o mesmo, desbloqueando a tela. Vi que haviam várias notificações em meu instagram. 

Franzi o cenho ao ver de quem eram. De repente, Kian curtiu todas as fotos de meu feed. Respirei fundo, bloqueando o aparelho. 

Olhei para a porta da casa de G, percebendo que a luz da sala estava acesa. 

Peguei minha bolsa e minhas chaves, saindo do carro. Tranquei o mesmo e comecei a caminhar em direção a porta de entrada da casa.

Cheguei na porta e bati na mesma. Não queria apertar a campainha, pro caso de os pais dele já estarem dormindo. Não seria muito educado acordá-los. 

Segundos depois, o garoto abriu a porta, sorrindo para mim. Retribui o sorriso. 

Ele usava uma camisa larga preta e uns shorts, ao que parecia, da mesma cor. 

Gilinsky chegou um pouco para o lado, para que eu pudesse entrar em sua casa e assim eu o fiz. Ele fechou a porta atrás de nós. 

- Algum motivo especial pra querer me ver essas horas? - Sorrio, me virando para o garoto, com um sorriso nos lábios. Caminho em direção ao sofá, me sentando no mesmo. 

- Na verdade não... - Ele dá os ombros. - E não precisa ficar falando baixo... - Sorri. - Meus pais não estão em casa, foram viajar de novo. - G se senta ao meu lado no sofá e eu sorrio de lado. Nem havia percebido que estava falando em um tom mais baixo. É tão automático, que às vezes nem eu mesma percebo. 

- Foram viajar à trabalho de novo? - Pergunto, apoiando minha cabeça para trás no sofá e ele concorda com a cabeça, sorrindo de lado. - Não é meio chato pra você ficar nessa casa enorme sozinho? - Ele me encara e eu solto uma risada nasalada. - Tá bom, não é uma casa enorme... - Ele sorri. - Mas você me entendeu... - Coloco minhas pernas em cima do sofá, abraçando as mesmas. 

- Eu não acho... - Se ajeita no sofá. - Gosto de ficar sozinho às vezes. - Sorri. - Sem ninguém pra encher meu saco... Posso fazer o que quiser, na hora que quiser... Só vejo benefícios. - Solta uma risada nasalada e eu faço o mesmo. 

Engulo em seco, desviando nossos olhares. 

- Eu acho estranho... Não gosto de ficar em casa sozinha. - Suspiro. - Ainda mais por muito tempo... - Ele se aproxima, apoiando um de seus cotovelos no encosto do sofá, ao lado e minha cabeça, apoiando seu rosto em sua mão. 

Nos encaramos em seguida e eu molho os lábios, sorrindo de lado. Ele faz o mesmo. 

Sinto meu coração acelerar gradativamente. 

- Ansiosa pra visitar meus avós no fim de semana? - Sorri e eu faço o mesmo. - Eles sentem sua falta... Principalmente minha avó. - Sorrio, mordendo o lábio inferior em seguida.

- Claro que estou ansiosa. - Encaro meu amigo, sorrindo. - Você sabe que eu amo seus avós... - Ele sorri, soltando uma risada nasalada. 

- Eu sei. Eles amam você também. - Sorri. Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que me lembro de Johnson. Sinto meu coração acelerar ainda mais. Engulo em seco. 

Será que ele havia comentado com alguém o que aconteceu entre a gente? Será que o Gilinsky já sabia? Será que era por isso que ele me chamou pra vir aqui? Ele vai ficar chateado comigo? Será que vai querer se afastar de mim?

Várias coisas se passaram em minha cabeça em questão de segundos, enquanto eu sentia meu coração palpitar ainda mais rápido. 

- Sophia... - Ele diz, chamando minha atenção e eu engulo em seco. Percebo que ele tinha um olhar preocupado. - Respira, Soph... - Diz, engolindo em seco e eu solto um suspiro longo. 

Começo a respirar novamente, ofegante. 

- D-desculpa... - Digo, engolindo em seco, desviando nossos olhares. 

- Tá tudo bem? Você tá passando mal? - Pergunta, se ajeitando no sofá, encarando meu rosto. Nego com a cabeça, suspirando. 

- Não... Eu... Eu to bem... - Digo, molhando os lábios e engolindo em seco novamente. 

- Certeza? - Se inclina um pouco, entrando em meu campo de visão e eu sorrio de lado. 

- Certeza... - Murmuro, tentando regularizar minha respiração. 

- Tava pensando em que? - Pergunta, segundos depois. Viro minha cabeça em sua direção, pensando se deveria ou não falar para ele o que havia acontecido. 

- Nada... - Digo, por fim, sorrindo de lado e desvio nossos olhares. 

- Qual é, Soph... - Solta uma risada nasalada. - Espera mesmo que eu acredite nisso? - O encaro, querendo rir também. - Eu te conheço quase a sua vida toda... 

- Sou péssima em mentir, né? - Digo, soltando uma risada nasalada e ele faz o mesmo.

- Eu não diria péssima... Mas você poderia fazer umas aulas com o Taylor. - Diz, em meio as risadas e eu o encaro, segurando um riso. - Que foi? Ele seria um ótimo professor... - Tenta segurar a risada, mas logo nós dois começamos a rir novamente. 

Me ajeitei no sofá, conforme íamos cessando as risadas. 

Encarei meu amigo, ainda com um sorriso no rosto. 

- Promete que não vai ficar bravo comigo... E nem chateado... - Digo, sorrindo de lado e ele franze. 

- Como se eu algum dia tivesse conseguido ficar realmente bravo com você... - Sorri de lado, inclinando sua cabeça, enquanto me encarava. 

- Na verdade, não sei como falar isso... Não sei se você já está sabendo e fico com um pouco da sua reação... - Digo rapidamente, engolindo em seco e suspiro. - Ontem eu e o Johnson nos beijamos. - Digo, ao desviar nossos olhares e sinto como se meu coração fosse pular para fora de meu peito. 

Não tinha a mínima coragem para encarar Gilisnky depois dessa e estava seriamente pensando em pegar minha bolsa, me levantar e ir direto para o carro. 

Com minha visão periférica, vi ele sorrindo de lado e olhei diretamente para ele, com um olhar confuso. 

- O que foi? - Franziu o cenho. - Achou que eu ia brigar com você por conta disso? - Sorri e eu suspiro. - Soph... Você é minha melhor amiga, não é? - Sorri de lado, pegando em uma de minhas mãos e eu sorrio de lado, concordando com a cabeça. - Então você sabe que pode me contar qualquer coisa, não vou ficar chateado... - Abre um sorriso e eu faço o mesmo, mordendo o lábio inferior, abaixando meu olhar para nosssas mãos. - Mas preciso confessar... - Suspira. - Que inveja dele. - Solta uma risada nasalada e eu faço o mesmo, balançando a cabeça. 

- Idiota... - Murmuro, dando um tapinha fraco em seu braço e ele sorri. 

- Eu to falando sério. - Diz, sorrindo e eu reviro os olhos, balançando a cabeça. 

Estava muito mais aliviada agora que ele sabia... Não gosto de esconder as coisas de ninguém, principalmente dele... Até porque ele me conhece bem e sabe quando tem algo me incomodando... 


Stay |•| Jack Gilinsky & Jack Johnson [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora