Pais e dedos...

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Ponto de vista - Kate

E mesmo contra a minha vontade, segui Dean para o reencontro com a criança no corpo de um adulto, ladrão de quarto, ele mesmo, o tal nefilim.

— Por favor, Kate... Não assuste o menino, não mais do que já deve ter assustado.

— Ah claro, parece que eu sou o monstro por aqui... - Eu quis revirar os olhos, mas ele não estava vendo mesmo.

Não sei como, mas Dean sabia exatamente onde encontrar o anjo...

— Ele também te faz brincar com as bonecas dele, Castiel? - Eu não poderia mesmo ficar calada, não é mesmo? O quê?! Estou irritada com ele? É estou!

— Pequena Kate... - O anjo até tentou falar, mas eu decidi fugir do conflito. Já basta ter barganhado por quase tudo nos últimos anos. Acho que cansei.

— Não vamos prolongar ainda mais essa cena. — Conclui cedo demais. — Eu só espero que arranjem um quarto para o garoto. — Pedi. — Zero chances dele continuar no meu.

— Vamos cuidar disso, Kate. — Dean confirmou rapidamente. — Por que não vem comigo, Castiel? — Antes que o anjo pudesse responder, Dean o arrastou sem muito jeito.

— Mas o que deu nele? — Sussurrei sozinha. Aqui estou eu, diante de uma figura completamente desconhecida.

Mantendo uma distância segura, observo o ladrão de quarto que aparentemente está imerso na leitura de um livro sobre animais. 

— Eu não vou te machucar, se é o que está pensando. — O Nefilim disparou.

— O quê?! De onde tirou isso?! — Eu pareço mesmo assustada?

— Não era eu quem estava com uma faca na mão. — Ele comentou desinteressado. — Escuta, eu não vim aqui roubar o seu quarto ou seja lá o que for. Estou aqui porque é o único lugar seguro em que eu posso estar. Castiel, Dean e Sam têm cuidado de mim.

— É bem a cara deles mesmo. — Fiz pouco caso. — E o que você pretende fazer? E quanto ao seu pai?

— Não sei. — Ele deu de ombros. — Acho que me manterei vivo. — Ele disse simples. — Castiel disse que o meu pai está preso em algum tipo de jaula. Aparentemente ele bem mal.

— Começando pelo fato dele ter engravidado a sua mãe. — Disparei.

— Castiel é o meu pai. — Ele só pode estar brincando.

— Castiel é um anjo, o meu anjo! — Até o Castiel ele quer roubar de mim. — Seu pai está mais para um anjo caído, renegado, o próprio diabo.

— Eu ouvi muitas histórias sobre ele, Lúcifer. — Ele pareceu não se abalar. — Castiel esteve comigo desde que eu estava na barriga da minha mãe. Ele cuidou de mim. Agora devo protegê-lo. 

— Meu pai e o tio Sam podem fazer isso. — Apontei.

— Farei o mesmo por Sam e Dean também. — Ele completou.

— Claro... — Eu quis rir. Ele é o filho do diabo! Como pode ser tão sinistro?! — O quão humano você é?

— Eu não sei. — Ele deu de ombros.

A Filha de Dean Winchester (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora