A Filha de Dean Winchester (Em Revisão)

Se arrependimento matasse...

Passei o fim da noite com a garota que parecia me conhecer bem mais do que eu imaginava.

Ela tinha tantas coisas para falar sobre a noite anterior, era tanta humilhação que eu nem sabia mais onde enfiar a minha cara. Eu devo ser a garota mais azarada dessa terra, só pode.

Pra completar, briguei com o anjo Castiel à toa. Ele limpa a minha bagunça e como recompensa, ganhou a minha fúria.  Eu sou mesmo péssima. E pelo visto, passarei os dias seguintes me depreciando. Ótimo!

Já passava das onze quando nos despedimos à um quarteirão da casa da Jody e eu só queria sair correndo sem nem olhar para trás, mas ainda tive a audácia que dar o meu número para ela, caso ela lembre de mais alguma idiotice que eu tenha feito. Brincadeiras à parte, espero mesmo não ter cometido nada mais.

Já em casa, evitei Linda e Clarisse no sofá da sala e subi direto para o quarto. Elas provavelmente também têm coisas para me falar. Já não aguento mais humilhação por hoje.

Sem forças para mais nada, me joguei na cama e implorei para Castiel me ouvir, mas não obtive resposta. Droga, ele deve ter ficado chateado mesmo.

Isso, sua descontrolada rebelde indomável, parabéns por afastar uma das pessoas que mais se preocupa com você. 

Foi em meio à lamentos e arrependimentos, que adormeci. 

[****]

Se arrependimento matasse, ah, eu estaria com os meus dias contados, fato!

Acordei cedo demais, e enquanto as meninas ainda continuavam adormecidas, aproveitei para tomar banho e me vestir sem ouvir nenhuma crítica da Clarisse por estar vestida indevidamente... Ah, claro! Devo usar uma minissaia cor de rosa e um salto alto?! Acho que nem se eu renascer no corpo dessa garota me vestiria assim. CREDO!

Ainda no banheiro, aproveitei para chamar Castiel outra vez, mas o anjo tem ficado cada vez melhor na arte de ignorar.

— Aonde a mocinha pensa que está indo? — Fui pega de surpresa ao tentar sair de mansinho do quarto. Essa garota é insuportável! EU QUIS GRITAR, mas não o fiz.

— Ao manicômio, talvez... — Já prestes a sair, a encarei por cima dos ombros.

— Não, não vá. Deve ter uma vaga te esperando lá.  — Como ela ousa a fazer piada com a minha humilhação?!

— Vá à merda, Clarisse! — Mostrei o dedo do meio para ela.

— Ei, onde está a sua educação?! — Ela levantou-se rápido demais. 

— Enterrei junto com toda a humilhação daquela noite. — Disparei.

— Você nunca mais vai me convencer a ir em outra festa idiota, Clarisse! — A ameacei. — E onde está a minha faca?!

— Calminha aí, rebelde indomável. — Ela ergueu as mãos em rendição.  — Já coloquei sob o seu travesseiro.

— Ótimo! — Respirei mais tranquila. — Agora me deixa em paz! — Saí do quarto e bati a porta sem muita delicadeza.

A minha vida ainda pode piorar?!