A garotinha sumiu...

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A volta para casa havia sido uma tormenta agonizante para Dean Winchester. Atrás do volante e com os olhos fixos na estrada, sua mente processava um turbilhão de pensamentos que o deixava inquieto. 

No banco de trás, Castiel tinha ao seu lado a pequena silhueta da garota adormecida. Sam, assim como os outros não disse se quer uma palavra mesmo que houvesse muito a se dizer naquele momento. 

Ao chegarem no bunker, os três inquietos se encaram em silêncio ainda dentro do carro. 

— Então...? — Castiel encara os irmãos no banco da frente em total confusão. — O que faremos agora? 

— Acho que colocar a garota em uma cama... — Sam profere sugestivo, mas não recebe nenhuma confirmação. Dean sai do carro em silêncio o que deixa Sam e Castiel curiosos. 

— Essa é a maior loucura que eu já meti... — E muito rapidamente Dean comentou ao abrir a porta traseira do carro onde a garotinha está adormecida. Junto ao seu corpo, um ursinho de pelúcia branco com um lindo vestidinho cor de rosa. Sem muito pensar, Dean cuidadosamente a pegou nos braços. Os outros rapazes o observam completamente surpresos. — Qual foi, vão passar a noite aqui? — Questiona antes de sair a passos curtos para dentro do bunker. 

Ponto de vista - Dean 

— Uh, Dean... — Ouço um resmungo assustado saindo de Sam assim que entro na cozinha. Ele e Castiel estão diante do balcão enquanto bebericam uma cerveja. 

— Onde está a pequena Kate? — Cas me encara curioso, porém sem lhe oferecer resposta, caminho até a geladeira onde pego uma cerveja e me junto a eles em seguida. 

— Pequena Kate? — Avalio. — Na cama do Sam. — Disparo. 

— Como?! — O grandão engasga. — Mas por quê?!

— O seu quarto é o lugar mais adequado para a menina. — Explico. 

— O Dean tem razão, Sam. — Cas reforçou. — O quarto do Dean sem chances... E os outros iriam deixa a pequena Kate apavorada. 

— Oh Cas, será que pode esquecer isso de "pequena Kate"? — O encaro irritado. 

— Eu quem deveria estar irritado! — Sam esbraveja. — Onde eu vou dormir? 

— Na minha cama que não é. — Aponto. — Cas pode ter ajudar com algum outro quarto. — Sugiro. 

— Posso sim, Sam. — Cas tenta acalmar o grandão, mas sem sucesso. — Vamos deixar tudo limpinho. 

— Façam isso... Eu vou indo... — Falo ao caminhar para fora da cozinha, mas antes de alcançar a saída, a voz frustrada de Sam me alcança. 

— O quê, é só isso? Você colocou a garota na minha cama e agora vai dormir? — O encaro surpreso. 

— E o que quer que eu faça? — Minhas mãos pendem no ar em questionamento. 

— O que vem em seguida? Acordamos e fingimos que nada aconteceu? 

— Isso. — Encerro o assunto. — Eu tive um dia difícil, Sam... — E saio dali antes que eu pudesse ouvir uma resposta. 

Completamente deslocado, caminho lento pelo corredor e me sinto tentado em entrar no quarto do Sam para então observar a garota... E é exatamente o que faço. Em silêncio, me aproximo da cama e ainda de pé, meus olhos alcançam a pequena silhueta encolhida entre os lençóis. A única coisa que consigo pensar é que a vida dela acabou de acabar e eu me sinto completamente culpado por isso. 

Puts! 

As coisas não deveriam ter acontecido desse jeito... A Jully deveria ter me falado sobre a garota e então eu poderia ter deixado elas duas a salvo, mas agora Jully está morta e eu tenho a guarda de uma garota que até poucas horas atrás nem existia na minha vida. Como se não bastasse, pelo que parece, o céu e o inferno estão atrás dela... Eu já perdi a mulher que um dia tanto amei, não quero perder essa garota também. Ela se parece tanto com a mãe... Sinto um aperto no coração, algumas lágrimas até insistem em escapar, mas logo me recomponho. 

Seja como for, eu vou proteger essa garota nem que pra isso eu tenha que lutar contra tudo e todos.

Ponto de vista - Sam 

— Vamos ficar com a pequena Kate, Sam? — Castiel perguntou enquanto desempoeiramos alguns móveis de um quarto. 

— É a filha do Dean, Cas. — Aponto. — E agora que todas aquelas coisas sabem dela, precisamos mantê-la a salvo. 

— O Dean tem uma filha... — Castiel repete ainda incrédulo. 

— Eu só espero que ela não tenha a personalidade dele... — Comento.

— Seria difícil... — Ele parece processar. — Acho que vamos precisar de um lugar pra ela, não acha? 

— Podemos pensar nisso amanhã, Castiel. — Concluo ao terminar de arrumar a cama. — Agora eu preciso deitar nessa cama e dormir um pouco. 

— Certo, Sam. — O anjo pegou os produtos de limpeza e os colocou dentro do balde que tem em mãos. — Boa noite, Sam. 

— Boa noite, Cas. — O vejo partir. Bom, me parece que amanhã será um longo dia...

[***]

— Sam, acorda! — Desperto num sobressalto ao ouvir a voz rouca de Dean. Ainda de pijama, o loiro me encara assustado. 

— O que houve? Você me assustou, irmão! — Rebato ainda deitado. 

— A menina sumiu! — É direto. 

— Como sumiu?! Você já olhou por aí? — Logo estou de pé. 

— É por isso que estou aqui, Sam. Ela não pode ter saído daqui a não ser que tenha sido levada. — Aponta. 

— Mas... E o Castiel? — Pergunto preocupado. 

— Sam, eu caí da cama, não vi a menina no quarto... Será que dá pra colaborar e fazer menos perguntas? — Diz impaciente. 

— Tá, tudo bem. — Concordo de imediato. — Você vai por um lado e eu por outro. 

Um dia longo e um problemão... 

A Filha de Dean Winchester (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora