DEZOITO

1.1K 72 42
                                    

Assim que desço as escadas, posso sentir o cheiro de sangue, podre e de mofo, vindo do pequeno cômodo, onde eu tenho dormido.

_Por favor, seja breve, terei que limpar isso antes da hora de dormir.

Ele me olha, enquanto arqueia as sombrancelhas.

_Primeiro-ele faz o número um com as mãos- Aprenda, não se deve apressar a morte de uma pessoa, quanto mais tempo, melhor.

Ele faz uma pausa, dá alguns passos para frente e chega até mim, o cheiro de sangue exalando dele me preenche, e abafa o cheiro ruim de podre, e mofo. E sangue.

De alguma forma esse fudido consegue ter um cheiro de sangue, e bom.

_Segundo-ele faz o número dois com as mãos- Em nenhum momento eu lhe disse para limpar aqui.

O olho desacreditada, eu não iria dormir aqui, com três homens vivos, que eu tinha acabado de apagar.

_Eu não vou dormir aqui, sendo assim.

Ele sorri.

_E quem disse que você iria?

_E quem disse que não iria?

O olho, provocando, desafiando ele.
Eu amo essa sensação de poder.

_Sinto te informar, mas você irá dormir comigo, de hoje em diante.

Fico um pouco surpresa com a resposta, quero discordar, quero dizer que não, de forma alguma, mas que se dane mesmo, se for pra fazer essa porra tudo bem, se for com ele tudo bem.

Ele me olha enquanto acena para a porta, entendo o que ele quis dizer, e imediatamente a tranco.

Um cara já está acordando, ele está meio grogue pela pancada, Jeff chega perto dele, e arranca o cinto de ferramentas, depois tira a camiseta com o colete, e o deixa praticamente nu.

_Não olhe muito, Ella, ou eu ficarei com ciúmes.

_Farei questão de olhar agora.

_Farei questão de arrancar as tripas dele fora, e deixar a cena mais grotesca e interessante que você irá ver em toda sua vida.

_Faça isso, claro, mas se certifique que ele sofra muito.

Ele abre um grande sorriso de satisfação, ele morde o lábio inferior e olha novamente para o policial, que agora parece tão frágil e fraco.

Resolvo provocar ele, já que é justo.

_Está calor aqui, não acha?

Passo a mão pela minha blusa para tirá-la.

_Não ouse fazer isso, coelhinha.

_Ou que?

_Continue me provocando assim, e eu vou subir com você até aquela porra de balcão e acabar o que nós começamos.

Meu rosto se enrubesse, e eu abaixo a cabeça com a vergonha. Mas isso não quer dizer que eu não queira, óbvio.

_Não se preocupe meu amor, ficará com as pernas bambas ainda hoje.

Ele vai em minha direção, me olha nos olhos e meu íntimo já começa a esquentar, minhas mãos começam a suar e logo depois ele passa por mim, depois de me deixar com uma grande expectativa, eu o odeio tanto, que chega a parecer que não. Ele continua pegando as cordas de um compartimento secreto, do qual eu não fazia idéia que existia.
Maldito fudido, filho da puta.

_Se eu soubesse que isso existia, eu com certeza já teria acabado com a sua raça.

Ele sorri, e a risada rouca e calma que sinceramente? Me enlouquece de uma forma...

_Eu adoraria te comer nesse exato momento, mas infelizmente temos que resolver isso, antes que venham mais policiais, então vamos começar o show, coelhinha.

_Por favor, não seja breve.

A mulher de Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora