Jeff

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_Nem pense que irá me dar banho.

Arqueio a sobrancelha, ela realmente acha que pode ir caminhando até lá.

_Bom, então tente.

_Claro, não pode estar tão ruim assim.

Me encosto na parede, enquanto cruzo os braços, esperando que ela se levante e caminhe até o banheiro.

Vejo seu olhar de desespero ao tentar se levantar, suas pernas estão bambas, óbvio.

Saio da parede e vou até o pé da cama.

-Não ouse.

-Shii, fique quietinha.

A pego no colo e caminho até o banheiro com ela, desço ela até lá, e confiro as coisas, preciso ir até a cidade pegar umas roupas e comprar algumas coisas.

Ela liga o chuveiro e eu pego o sabonete e a bucha para poder esfregá-la.

_Nem sonhe, eu me viro daqui.

_Quero te dar banho.

_Já disse a você que querer não é poder.

_É poder sim, querida

_Tente, e antes que menos espere estará com uma faca atravessada em você.

_Acho bom não me provocar dessa maneira, eu estou pronto para uma segunda rodada.

Como eu imaginei, suas bochechas coram, e seu olhar se desvia de mim.

_Agora fique quietinha e me deixe te dar um banho.

_Eu ainda mato você, pode escrever.

Solto uma pequena risada enquanto ela murmura parecendo uma criança resmungando.

Essa pequena coisinha, que me faz acreditar em algo além de matar.

Ouço gritos agonizando e me lembro dos policiais no meu porão.
A deixo tomar banho enquanto volto para ver oque posso fazer.

Desço as escadas lentamente, sabendo muito bem que eles estão escutando muito mais alto do que é, me divirto em os deixar completamente em pânico.

Abro a porta e vejo um morto, quase totalmente carbonizado, suspiro de emoção, vejamos oque farei com esse.

_Oque eu farei com você agora?

_Por favor....Eu te dou tudo que quiser.

_Tudo que eu quiser?

Começo a gargalhar, eu já tenho tudo oque eu quero, tudo oque preciso.

_Deixe-me ver...

Dou um sorriso, chegando mais perto ainda.

_Quero que não morra tão cedo, ainda tenho um bom tempo para ir na cidade.

Ele se levanta abruptamente, já noto o desespero junto com uma raiva em seu tom de voz. Seus gritos e berros para me dirigir a palavra me irritam.

_Acha que vai escapar? É um idiota se pensa nisso, eles vão notar nosso desaparecimento, vão encontrar você, seu canalha maldito.

_Agora me escute bem seu sem noção, eu estou sendo bonzinho te deixando falar, não toquei em você ainda, se eu fosse você, calava a porra da boca e entendia a merda do meu lugar.

Ele se manteve em silêncio, suas mãos e pernas tremiam, seu corpo suava descontroladamente.
Eu o mataria, apenas por achar que poderia falar comigo, faria coisas com ele que me trariam de volta a ativa, minha sede por sangue estava aumentando cada vez mais, meu coração palpitando sem parar, acelerando a cada momento.

A mulher de Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora