As drogas são o mal necessário

1.7K 127 43
                                    

Capítulo Quinze – As drogas são o mal necessário.

Sanzu abre os olhos dando de cara com a claridade invadindo o cômodo, ele rapidamente coloca um travesseiro no rosto e resmunga irritado.

_Shuji seu maldito! _ jogou o travesseiro com raiva do outro lado do quarto e se levantou indo até o banheiro pra fugir daquela luz irritante

Sabia que a cortina aberta foi ato propositadamente de Hanma e depois faria questão de dar um belo soco nele pra mostrar como aquilo tinha o deixado feliz. Lavou o rosto com pressa, depois de escovar os dentes claro, Sanzu anda pelo quarto a procura da sua máscara.

Após achá-la ele sai do quarto dos irmãos, seguido da casa, trancou a porta e colocou a chave no bolso. Não seria um problema já que ele era tão parte daquela casa que tinha sua própria chave, embora ele tenha conseguido ela ilegalmente, mas isso não vinha ao caso.

O rosado foi andando pelas ruas e por cada quarteirão que andava as pessoas viraram a cabeça pra olhá-lo, Sanzu já estava acostumado com tanta atenção desnecessário, mas dessa vez ele não tinha certeza se era pela máscara ou por ele estar na rua de pijama. Bom de qualquer forma, ele não ligava.

A próxima rua dava pra quadra da sua casa, mais obviamente o rosado não tinha planos de ir pra casa, não queria ouvir sermão do seu irmão mais velho, ou ter a infelicidade de trombar com sua irmã mais nova. Era de conhecimento local que a relação dos irmãos Akashi não era nada boa, desde a infância onde infelizmente Sanzu tinha sofrido um acidente por causa da irmã mais nova e pro resto da vida teria que usar máscara pra esconder suas cicatrizes na boca da qual morria de vergonha.

Passando direto pela rua Sanzu desce mais algumas quadras até avistar a casa que realmente queria, apressou o passo até estar no topo das escadas tocando a campainha, esperando aquela porta azul marinho ser aberta. Demorou mais que duas tocadas de campainha pra Sanzu ouvir uma voz grossa xingar do outro lado, por debaixo da máscara um sorriso pequeno se formou.

A porta foi aberta por um cara grande com o cabelo ralo na parte superior da cabeça, os lados raspados e uma expressão de tédio que se transformou em repreensão quando viu Sanzu. Sem ao menos dizer bom dia, o menor passou por Mucho entrando a casa como se fosse dono da mesma.

_Você tem que parar com essa mania de entrar na casa dos outros como se fosse sua.. isso ainda vai te causar problemas! _ reclama Mucho seguindo o menor até a sala

_Oi pra você também Mucho! _ revira os olhos se  jogando no sofá velho porém confortável do maior

_Oque você quer aqui Haruchiyo? _ pergunta Mucho se sentando ao lado do rosado no sofá _ ainda mais de dia, você só aparece aqui a noite..

Sanzu tirou os olhos da TV desligada e se voltou pra Mucho que estava largado ao seu lado, sem camisa e com uma calça folgada de moletom. Sanzu não conseguiu segurar o sorriso que brotou nos lábios, sorte sua que estava de máscara. Mucho era gostoso pra caralho e boa parte dos motivos de Sanzu voltar sempre ali não era do pela droga boa e barata mais sim pra tirar uma casquinha daquele gigante de 1,87 cm.

_Sabe que eu adoro quando me chama de Haruchiyo.. _ Sanzu numa velocidade incrível subiu em cima do maior que agarrou sua cintura fina no susto _ Vim te vê Mucho-san _ sorriu mesmo que ele não pudesse vê

Mucho revira os olhos e ainda segurando o corpo do Haruchiyo, ele retira a máscara e faz um carinho nas cicatrizes do rosado. Sanzu no começo se sentia desconfortável, mais depois achou fofo como ele tratava as cicatrizes como se fossem recentes, sempre passando a mão com muito cuidado e carinho. Realmente as atitudes com o rosado não condiz com sua aparência e com oque faz da vida.

Nosso amor por você Onde histórias criam vida. Descubra agora