me beija enquanto tira minha roupa
arranca minha roupa
me deixa louca
me olha nos olhos enquanto beija minha boca
me deixa louca
gira meu mundo com minha coxa na boca
gira meu mundo, me deixa nua
me faça sua sem desperdiçar um segundo
beija-me os lábios, todos os lábios
puxa-me o cabelo,
me exponha o pescoço
me exponha as pernas
a luz da alma,
beija-me os seios e os lábios fartos
me deixa sem ar
aperta minha pele e sussurra
pecados profanos
esquenta a sala com seus olhos
esquenta meu corpo com a boca
deixa-me de joelhos, reúne meu cabelo
me faz orar pelo bem sagrado da nossa alma
imunda, me faz ser profunda
desfaz em mim, em tudo de mim em todos
os cantos
me suja e me limpa,me limpa e me suja
beija-me um pouco mais
vira-me para todos os lados de todos os lados
me deixa do avesso de ponta cabeça
me sorve quente ainda no ponto de queimar a língua
sopra um pouco para não chorar
puxa-me o cabelo outra vez
sabe como gosto
empurra-me contra a parede e
levanta-me a perna
diz que sou sua até o fim do mundo
até o fim dos tempos e até o último
fio de cabelo arrepiado da nuca
chama meu nome, engole meu nome na boca
demorada e despretensiosamente
acaricia as sílabas, pressiona as consoantes
invade a fonética, grita o sotaque
me destrói em nome composto!
arranhando suas costas pedindo
me chama de novo
faz chama e consome o fogo mas não cospe
engole e deixa queimar
me volta o fogo na pele passando da
língua para o corpo
sou êxtase trepidando
vela trêmula acesa
ondulando
suspiro para apagar...
