não suporto mais ver seu nome
só seu nome...
como um criança birrenta,
só quero ele...
só brinco com ele...
se não for ele, eu não quero...
está insustentável!
ninguém aguenta mais me ouvir,
nem eu,
até a mobília do meu quarto
grita "já chega,
troca o disco!"
não suportamos mais
minha obsessão.
obra inalcançável,
quanto mais se afasta
mais me rastejo,
quanto mais inacessível
mais atrativa,
quanto mais
distante
mais aqui, na minha mente
o tempo todo...
me invade nos instantes do dia
no meio das aulas,
seu nome disperso nas palavras dos livros
seu rosto no espelho
sua sombra no escritório
é como se em todo canto
o levasse comigo,
não existe lugar no mundo
livre da sua presença
pois está aqui, mais vivo que nunca
e Deus, isso mata
não quero mais.
estou cansada.
mas é como se,
a dor fosse a última coisa que
nos liga,
e me despedir dela
é abrir mão efetivamente.
e como sou
péssima em abrir mão.
veja bem,
não irei mais pedir
como a criança de outrora
com os lábios franzidos
e o olhar pedinte,
não suporto mais essa situação.
basta.
