O som de música vai aumentando gradativamente, começo ver a luz brilhantes que iluminam o local até que chego no lugar onde a música toca muito alta.
Todo os pessoal do colégio está ali, além de outras pessoas da cidade. Aquela música incomoda um pouco os meus ouvidos. Na verdade, aquele lugar por inteiro não me traz nenhum conforto. Abro o meu celular para ver se há alguma mensagem do Noah ou do Dominic e há de ambos.
"Já estou aqui, amor. Estou te esperando. Me avisa quando chegar, okay?" A mensagem do Noah é recebida em seguida de um emoji feliz.
"Estava esperando o bendito do meu irmão, mas já estou chegando aí, no máximo uns cinco minutos" Dominic manda. Desbloqueio o telefone para responder Noah, paro ainda mesmo na entrada, em um flanco para na atrapalhar a passagem.
"Tô aqui na entrada. Vem aqui?" Aperto no botão de enviar.
"É pra já" ele responde na mesma hora então fico ali a espera.
Observo as pessoas entrarem. Vejo muitos rostos conhecidos e todos eles animados com a folia da festa, mas um em específico eu gostaria de não lembrar. Sebastian passa pela entrada e me encara. Ele está acompanhado de Verônica que mexe no celular distraída até que me nota também. Seu semblante muda como se estivesse visto algo inesperado e ele se comunicam com o olhar entre sorrisos maliciosos.
Eu cruzo os meus braços. Eles não estão tão longe de mim, talvez há um metro. Mas parece que eles querem estreitar essa distância. Eles caminham até a mim, param a minha frente e eu não respondo nada a eles, apenas deixo eles observarem-me com os seus risos.
Não quero elevar o meu estresse e estragar a minha noite. Não com esses dois.
— Pensei que não iria vir. Nunca imaginei que você iria nesses tipos de lugares, ou até mesmo que te deixassem entrar — Verônica fala. Parece tranquila, mas ela ainda mantém aquele olhar. Aquela risada. Aquelas expressões. — Veio sozinho, né? Te deixaram pra trás?
— Deve estar esperando os amigos dele — Sebastian fala, apoiando seu braço na parede ao seu lado. — Ou enjoaram de você e não querem ficar perto?
— Não é da conta de vocês — digo de imediato, cortando ambos que riem.
— Você ficou corajoso demais desde que você tem pessoas agora para cuidar da sua bunda, mas você ainda continua um merdinha — Verônica fala, chegando com seu rosto mais perto de mim.
Ignoro. Não falo nada mesmo que eu queira rebater. Eu fecho o punho. Eu queria mostrar para ela que eu sei me defender. Mas não posso mostrar o que eu tenho.
— Se nós não estivéssemos aqui no meio de tanta gente, eu faria você perder essa postura de machão rapidinho — Sebastian fala baixo, mas audível a mim. — Eu o faria chorar como várias vezes eu fiz contigo
Meu rosto retorce, levemente e aquelas lembranças invadem a minha cabeça, mas tento afasta-las, e quero afasta-los também daqui. Para longe de mim, para que não possam me alcançar.
Gostaria de descontar toda raiva que essas lembranças me trazem. Aquela energia, ela sobe pelo meu corpo. Me envolta como uma calor, parece querer eclodir mas eu a seguro.
O zumbido.
— Algum problema aqui? — ouço a voz de Noah.
Ele se põe ao meu lado. Aquele ódio que tinha em mim e a força que queria escapar vão embora lentamente junto com o zumbido. Ele parece rígido como um policial, um tanto imponente. Ele fala com os dois como se eles fossem desconhecidos, não parecem mais como antes. Até mesmo o jeito que Noah olha para ambos como se quisesse espanta-los dali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vertigem (Romance Gay)
Storie d'amoreTudo é uma bagunça na vida de Benjamin. Segue uma vida sozinho, é vítima de bullying frequentemente além de ter que carregar consigo uma habilidade na qual humanos normalmente não tem; telecinese. Noah é o presidente do grêmio, além de ser um dos...