Deitado na minha cama, luto contra os meus pensamentos acelerados em relação à Mady e eu. Estou olhando para o teto e me pergunto se ela também está assim.
Minha ansiedade está me triturando, a minha vontade é ir até o quarto de hóspedes e perguntar à ela o quê quer, o quê espera de mim, o quê ela quer que eu faça para mantê-la por perto.Algo me diz que ela vai recuar, que vai me dizer para sermos os amigos que sempre fomos. Mas como eu seria capaz disso? O seu cheiro e o seu gosto estão em mim de uma forma que é impossível ser como antes. Agora sei que o meu lugar sempre foi ao lado dela e o medo de perdê-la me queima por dentro.
"Só me diz o quê aconteceu Mady, estou realmente preocupado. Agora que te reencontrei, não quero te perder, nunca mais."
Os minutos passam e eu continuo olhando para o teto.
Meu quarto escuro se torna tão frio por ela não estar aqui.
Noite passada a tive em minhas mãos, em minha boca e em contato com todo meu corpo, não vou aguentar estar distante dela e não vou suportar estar perto dela e não a ter. Eu nunca achei que fosse perder o controle ou que pudesse controlar uma coisa assim.
E eu não planejava precisar tanto de Mady, mas o seu rosto é apenas o que eu vejo quando fecho os meus olhos.Verifico a hora novamente, são quase três da manhã.
A insônia não vai ser minha companhia, graças ao cansaço físico que agora o sono está dando seus primeiros sinais de vida.
E sobre Mady, concluí que diante desses dilemas todos, estou chegando na conclusão que é melhor esquecer tudo que aconteceu ontem, amanhã voltarei a me comportar com ela como se nada tivesse acontecido, ao menos tentarei.Meus olhos pesam finalmente, meu corpo cansado está tão relaxado que quase não me movo.
Meio sonolento, ouço som de porta se abrindo."Deve ser meus pais ou qualquer outro indo pra algum lugar."
O sono vem tão arrebatador quanto a insônia que antes estava me deixando agoniado. Minha mente ignora totalmente qualquer ruído no ambiente e durmo profundamente.
O dia amanheceu radiante, me espreguiço enquanto bocejo, Violet e Gilbert saltam na minha cama para dar bom dia.
- Como entrou aqui seu sem vergonha? - Brinco com ele
Percebo que a porta está entreaberta, deve ter sido o barulho dela abrir que ouvi antes de adormecer.
Alguém abriu para ele entrar e desconfio que possa ter sido a Mady." Será que quis entrar também mas desistiu?"
Me levanto para fazer minha higiene matinal e depois desço na companhia dos nossos lobos para a copa.
Minha família estava à mesa tomando café da manhã.
- Bom dia!
- Bom dia Mingi, onde está Mady?
- Se não está aqui... Deve estar no quarto ainda mãe.
- Ela não está lá, fui acordá-la e a cama está do mesmo jeito que deixei. Pensei que tinha dormido com você no seu quarto.
- Credo mãe! - Eu disse por impulso e Seong ri da minha reação.
- Ela sempre dormiu no seu quarto garoto, só estranhei ela não ter descido com você!
- Aconteceu algo entre vocês?
- Quê? Não aconteceu nada pai! - Estou muito constrangido agora e Seong continua com cara de deboche pro meu lado.
- Porquê está agindo assim?
- Assim como mãe?
- Desse jeito, como se fosse culpado de alguma coisa.
- Não, eu não...
- O garoto está ficando sem jeito, deixa ele em paz! - Pede meu pai para minha mãe que me olha desconfiada.
- Se você fez alguma coisa com aquela moça... Vou arrancar sua cabeça!
- O quê há com vocês? Não fiz nada!
- Tenho minhas dúvidas maninho. - Seong continua rindo, nem consegue mais disfarçar.
- Qual é Seong? Vai continuar zombando?
- Eu?" Nunca vi alguém mais debochado que meu irmão, sinceramente!"
- Mais tarde me encontrarei com a Mady, combinamos de irmos à Boutique. - Camille comenta
- Então ela aceitou ser madrinha? - Minha mãe ficou animada
- Sim! Creio que às duas da tarde estaremos com a Lana resolvendo tudo.
- Que bom!
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Looping Hearts
FanfictionSong Mingi é um jovem do subúrbio que enfrenta diariamente seus conflitos internos para encontrar em si mesmo o que tanto busca. Sua vida muda ao se ver no precipício, onde necessita reconhecer que quando o amor é a sua última chance... Não se deve...