Capítulo 9 - dor de primeiro amor

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Capítulo 9

Meu Deus, que bunda era aquela?

Esse pensamento não sai da minha cabeça. Como foi que aquela Shinobu ficou tão gostosa? O que eu não daria para por minhas mãos nela.

— Nossa, ela fica linda em roupas casuais. — comenta Mitsuri. Mitsuri também é linda de morrer.

Ficamos jogando até tarde na casa do Sabito, até que temos a ideia de comer pizza. Dividimos o preço e compramos o suficiente para todos.

— Sabito, chame a Shinobu para comer com vocês. — diz a mãe dele, entregando pratos para nós. Está prestes a levantar, quando eu seguro seu seu braço.

— Deixa eu tentar. — fica me encarando um pouco, mas logo cede.

— Não me responsabilizo por nada.

Saio da roda, subo as escadas e encontro o quarto da Shinobu com a porta fechada. Dou duas batidinhas. Ela abre e assim que me vê, revira os olhos e tenta fecha, mas coloco meu pé na frente.

— Pode me dar licença? — empurra a porta.

— Eu vim pedir desculpas!

— Oh, que meigo. Pedindo desculpas depois de traumatizada uma garota de onze anos. Dá o fora, Giyuu! — empurro a porta e consigo entrar. — Arg! Me deixa em paz!

— Shinobu, é sério! Eu nunca quis que as coisas acabassem assim!

Assim como? comigo sendo humilhada pela escola toda? Com o coração arrasado? Você... Ah, você é um merda! Podia ter me defendido quando aconteceu! Mas não! Estava rindo, assim como todo mundo!

— Eu...

— Você não tem coração, Giyuu! É um monstro! — entro em desespero quando ela começa a chorar. — Acha que foi legal odiar meu corpo por anos? Desenvolver uma compulsão por emagrecer? Eu... Eu... Some daqui! — abre a porta e a aponta para fora. Tento dizer algo, mas o olhar de raiva dela não me deixa. Quando saio, ela bate a porta tão forte que as paredes tremem.

Quando eu volto para o grupo, todos os estão me olhando.

— Ela não vai me perdoar tão cedo.

— Sim, a gente escutou tudo.

— Deixa isso de lado por enquanto, Giyuu. — diz Obanai. — Come uma pizza aí.

Mais tarde vou para casa, quando chego, vejo Tanjiro estudando na mesa da cozinha, enquanto a Nezuko assiste televisão.

— Que cara é essa? — pergunta meu primo. — Parece nervoso.

— Ah, Tanjiro... — me jogo numa das cadeiras. — Tô pagando com juros uma coisa errada que fiz no passado.

— Não importa se é com juros, uma hora a conta vai ser paga. Você só precisa ter paciência. — arqueiou uma sobrancelhas. — Que foi?

— Quando você ficou bom em dar conselhos? — ele dá de ombros.

— Não faço a menor ideia. Eu preciso estudar agora, mais tarde conversamos.

— Ok, também vou indo... — antes que eu chegue no corredor dos quartos, meu vô aparece, com uma cara nada boa. — Vô?

— Advertência no primeiro dia de aula, Giyuu? — eu congelo. To frito.

...

Shinobu

— Por que dói tanto? — murmura Shinobu, agarrada ao travesseiro. Estava difícil negar seus sentimentos. Ela amava aquele moreno, mas o ódio e a vontade de vingança não a deixavam viver esse amor.

Por que amor tinha que doer? Se primeiro amor a machucou demais. Por isso fugiu dele. Agora voltou para onde tudo tinha começado, pensando que iria nem pensar em Giyuu, mas pelo contrário, ela tão apaixonada quanto antes.

Sentiu o outro lado do colchão afundar, levando um susto, pensando ser o Sabito, mas logo reconheceu o perfume de Kanae.

— Mana...

— Shhh... — lhe deu um beijo no topo da cabeça. — Pode só chorar se quiser.

Então deixou as lágrimas saírem.

— Obrigada.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora