Capítulo 11 - Lágrimas

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Capítulo 11

— Ai! — vejo Sabito reclamar enquanto a enfermeira coloca o nariz dele no lugar. — Isso dói!

— Quer trocar? — Giyuu está sentado na maca, com um saco de gelo entre as pernas.

E eu? Eu estou encostada na parede, controlando a vontade de rir. Cara, eu chutei as bolas do Giyuu. Sabe como isso é satisfatório? Posso ter comprometido os futuros filhos dele! Eu sou demais!

Já o meu irmão, vai ficar lindo com o nariz deslocado. Quero só ver ele perder a legião de fãs que tinha.

— Você tem um chute potente, senhorita. — diz a enfermeira. Dando gelo para Sabito por no nariz. — E um bom punho.

— Eu estava com raiva.

— E precisava chutar minhas bolas?! — grita Giyuu.

— Se reclamar, eu chuto de novo.

— Caralho, Shinobu! O que aconteceu com a garota doce e fofa que eu conheci?

Eu congelo no lugar. Acho que ele percebe que falou merda quando eu pego o frasco de álcool e jogo na cara dele.

— Ela morreu no dia que você destruiu o coração dela! Seu filha da puta desgraçado! — caminho na direção dele, queixo erguido, ódio nos olhos. — A "baleia" morreu. A garota "doce" morreu. Toda Minha felicidade morreu no dia que você me humilhou! Então... então... — sinto uma lágrima escorrer. — Vá pro inferno!

— Shinobu...

— O que está acontecendo aqui? — a diretora entra na sala. Ela encara cada um de nós. — Vocês brigaram ou a Shinobu massacrou vocês?

— Os dois — fala meu irmão.

— Shinobu, por que você bateu neles?

— Se meteram na minha vida.

— Isso é motivo para um soco no nariz do seu irmão e um chute no testículos do Tomioka?

— Não sei bem se é motivo, mas foi satisfatório.

— Nossa, você realmente mudou. — arregalo os olhos.

Agora é ela? Se controla, Shinobu, se controla. Você precisa se...

— Peça desculpas.

— O quê?! — ok, eu vou surtar. — Quando eles me humilharam na sua escola, por acaso fez eles pedirem desculpas?

Silêncio na sala.

Eu olho bem para todos e vou até a porta.

— Eu não devo nada para ninguém. Me deixem em paz.

Bato a porta e saio. Caminhando pela escola, acabo parando em frente à sala de artes. Fico olhando as meninas dançarem em sincronia, enquanto outros fazendo um coral.

Deve ser tão divertido ter amigos em que possa confiar.

Novamente, uma lágrima escorre. Corro para o fundo da escola e me sento para chorar.

— Merda! Por que dói tanto? — cubro o rosto, soluçando.

— Oi. — diz uma voz doce. Não me dou o trabalho para levantar a cabeça. — Você está bem?

— Que pergunta mais burra. O que você acha? — limpo as lágrimas grossas.

— Quer um abraço? — me permito olhar para ela, surpresa. — Um abraço pode ajudar.

— Não preciso de... — ela me puxa para seus braços. Nesse momento, meu corpo se esquenta e me deixo chorar em paz.

— Meu nome é Mitsuri. Sempre que precisar de um abraço, eu vou estar aqui.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora