O melhor amigo do meu irmão

Capítulo 10 - Agressiva

Oie!

Gente, dia 25 de março, em São Miguel Arcanho, SP. No mercado Irmãos Silva, da praça do Dante, irá ocorrer o lançamento do meu livro "caçadores de fadas"!

Valor do livro: 60 reais

Conto com a presença de todos!

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Capítulo 10

Enquanto eu arrumava meus cabelos em frente à penteadeira, vi uma foto escondida atrás se um porta joias. Quando peguei a foto, senti vontade de chorar.

Era eu, aos dez anos, no meio de Sabito e Giyuu, nós três cobertos de barro, enquanto a Kanae dava risada um pouco mais longe.

O Giyuu era tão lindinho aos onze anos. Seus olhos azuis, tão puros e inocentes... meu irmão, também não puro. O que aconteceu para eles virarem esses monstros?

— Tá pronta? — levei um susto com a voz de Sabito. O encontrei na porta do quarto, já com o uniforme e a mochila.

— Sim. — peguei a mochila. Hoje nosso pai vai nos levar para a escola.

— Você fica bem nesse uniforme agora que...

— Que não sou uma "baleia"? — dei uma risada sarcástica.

— Não! Digo... você... É que...

— Sabito... — abri alguns botões da minha camisa social. Seus olhos caem para o meu decote. — Você não gostava de mim por eu ser a irmã feia, mas agora eu sou a irmã gostosa. Senta e chora. Eu quero que você se foda.

Passo por ele, descendo as escadas e abotoando novamente a camisa.

No carro, me sento no banco da frente.

— Pai, passa na casa do Giyuu, ela tá com o nosso trabalho da escola.

Meu coração para de bater por um momento. Minha vontade é de destruir esse trabalho e fazer eles tirarem zero.

Quando paramos na frente da casa dele, consigo ver o Tanjirou se despedindo do irmão. Uau, como ele cresceu. Era um menininho quando eu fui embora daqui.

Assim que Giyuu entra no carro e me vê, o clima fica tenso.

Bem... temos as seguintes opções:

1- Eu faço o carro capotar e todos morremos, dando um fim para esse inferno.

2- Jogo o Giyuu do carro em movimento.

3- Fico quieta com cara de ódio.

Opção 3 foi a escolhida.

Chegando na escola, eu chamo atenção como sempre. Dou sorrisos para as pessoas que são novas na escola, ou seja, não sabem do que fizeram comigo no passado.

— Gatinha! — escuto um garoto me chamar. — Me deixa chover nessa horta!

— Vá a merda. — reviro os olhos. Caminho para a minha sala, pego meu celular e fico mexendo nas redes sociais. Tiro uma selfie e posto, logo os corações começam a surgir.

Eu sou mesmo uma gostosa.

Mitsuri senta ao meu lado, dá um sorriso meigo, mas não retribuo. A aula passa normalmente, nada de interessante acontece. No intervalo, estou sentada num dos bancos do jardim, quando vejo um cara caminhar na minha direção com um buquê de rosas vermelhas.

Meu coração para.

Eu conheço esse cara. É o Douma! Aquele gatinho que sempre dormia nas aulas. Nunca o vi me zoar ou rir de mim no passado.

— Olá, princesa. — Se curva um pouco e pega minha mão, depositando um beijo delicado na costa da minha mão. — Você voltou brilhando mais do que antes. Merece flores.

Me entrega o buquê. Eu estou corada e em transe.

Mas acordo do transe quando Sabito e Giyuu aparecem, um de cada lado de Douma.

— Sai de perto da minha irmã.

— É, sai de perto da Shinobu.

Eu deixo as flores no banco e puxo os dois pelo colarinho.

— Com licença, Douma. — empurro ele para longe. — Isso vai doer mais em mim do que em vocês.

— O que... — acerto um chute nas bolas do Giyuu.

— Maninha! Calma! — tarde de mais, lhe acerto um soco certeiro no nariz.

— Não se metam no meu caminho novamente.