Capítulo 15 - Me desculpa?

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Capítulo 15

Não acredito que recebi flores.

Estou sentada à mesa, encarando apaixonada as violetas, quais minha mãe colocou num vaso de vidro.

Eu sei que muita gente extremamente brega mandar flores. Mas eu não! E são violetas, minhas flores preferidas. Só alguém que me conhece bem poderia ter mandado isso, porque eu não deixo estampado quais são as que gosto.

— Cheguei! — escuto papai dizer na entrada. Quando chega na cozinha, a primeira coisa que nota é o buquê de flores. — Quem deu flores? E são pra quem?

Meu pai está com ciúmes caso as flores sejam para a mamãe. Tá vendo? É um amor desse que eu quero pra minha vida.

— São para a Shinobu. — Olha para mim, sério.

— Quem anda mandando flores para a minha filhinha? — nessa hora, Sabito também brota na conversa.

— Todo mundo quer saber isso. Mas veio sem cartão de remetente.

— Sabito, você não tem direito de querer saber. — digo respirando pesado. Eu odeio como Sabito acha que ainda tem alguma influência na minha vida. Ele que sonhe! Nunca mais vou deixá-lo se meter na minha vida. Só devo satisfação para meus pais e para a Kanae.

— Nossa filhinha tá crescendo. — Mamãe diz sorrindo. — Vou fazer um bolo! Por que vocês dois não vão jogar vídeo game juntos?

Olhamos um para a cara do outro. Faço uma careta e Sabito dá uma risadinha.

— Eu topo. Vamos, Shinobu? Vai ser divertido. — o olho estranho.

— Sabito, você nunca me deixou encostar no seu vídeo game. — ele dá de ombros.

— As pessoas mudam, irmãzinha. Às vezes é para melhor. — pega minha mão e por um momento, me sinto como fosse criança novamente. Enquanto ele liga o aparelho, eu vejo qual jogo iremos jogar. Eu sou ruim em qualquer um, já que nunca joguei.

Eu realmente não estou mentindo quando digo que o Sabito nunca me deixou jogar com ele. Sempre foi muito possessivo.

— Escolheu? — se senta ao meu lado no sofá. Passa um controle para mim.

— Hum... acho que esse. — entrego um de tiro. Dizem que é bom pra tirar o estresse. E eu sou muito estressada. Perdi minha calma há anos.

Jogamos por horas. E por incrível que pareça, é divertido. Sabito e eu rimos, xingados e quase brigamos por um matar o alvo do outro.

Começa a chover.

— Shinobu. — diz ele quando acaba a partida. — Você até que boa.

— Você que é ruim demais. Eu nem sabia jogar essa coisa. — Sinto sua mão no meu cabelo, fazendo carinho. — O que está fazendo, Sabito? — me afasto como se ele tivesse corona vírus.

— O que eu quero dizer é que... me perdoa? — arregalo os olhos. — Eu sei que fui um babaca com você, mas você é minha irmãzinha. Eu te amo e quero proteger-te do mundo.

— E-Eu... Sabito, eu... — nessa hora, batem à porta. Levanto num pulo. — Eu atendo! — corro até a porta. Quando abro, tenho a visão de um Giyuu encharcado cobrindo a cabeça com uma mochila.

— Oi.

— Oi?!

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora