CAPÍTULO 2

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CAPÍTULO 2

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CAPÍTULO 2

A ENTREGA…

Espalhei as comidas e a bebida que trouxe com esmero sobre a toalha. Tinha uvas, romã e um pequeno pote com lentilhas. Pratos que segundo as tradições trazem muita sorte para o ano que se inicia. Gabriel estourou a champanhe, e entre sorrisos, serviu nossas taças. Depois que bebi um pouco dela, saboreou o seu gosto cítrico em meus lábios. 

— Minha mãe falou para não beber. — brindei outra vez olhando aqueles olhos desejosos dele a me  fitar.

— Uma taça não faz mal à ninguém… — O seu sorriso era hipnotizador.

— Também disse pra ficar longe dos garotos. — o desafiei 

— Concordo com ela, acho ridículo que algum outro homem te olhe... — mordeu o lábio inferior. — Como estou te olhando agora. 

— E depois? Como as coisas vão ficar entre nós?— me afastei e peguei um cacho de uvas, tirei uma o alimentando.

— Iguais… — mordeu a fruta que oferecia aos seus lábios sorvendo o suco. — Você  vai ser só minha! — afastou meu cabelo do pescoço para beijá-lo.

— Não sou um objeto que comprou numa loja pra chamar de seu. — gemi baixinho sentindo a maciez da sua boca percorrendo minha pele.

— Então,  eu não sou seu? — desafiou.

— Não começa Gabriel! — Tomei a sua mão direita e a coloquei no centro do meu peito. — Já está aqui, dentro do meu coração...

A noite era simplesmente perfeita, nossa paixão era pura, casta e verdadeira, o que poderia dar errado? Que mal poderia existir em um casal apaixonado que se guardou por tanto tempo se entregar daquela forma inocente? Gabriel já me espera há 354 dias, 20 horas e doze minutos, como fez questão de afirmar.

— Eu tenho medo… — sussurrei próximo ao seu rosto.

— Medo do quê? — tomou meu rosto em suas mãos roçando seu nariz devagar no meu.

— De não gostar do meu corpo.  De me achar feia. De que eu não seja tão boa pra você como… — Eu tinha uma pergunta importante para lhe fazer, por isso resolvi levantar e ir até perto da janela encarar a noite lá fora. — Você já fez isso com outra garota?

— Ângela,  sou homem, tive mais namoradas antes de você e sabe como é… — ele levantou e enlaçou minha cintura pelas costas, beijou meu ombro e olhou o horizonte com o seu queixo apoiado nele. — Isso faz diferença pra você?

— É importante pra mim...

— Sim. — A voz soou fria e doeu como uma faca cortando meu peito. O coração apertado dentro dele parecia que seria arrancado a força da caixa torácica. — Já transei com outras garotas. Mas tenho certeza, nenhuma desejei tanto como desejo você. — suspirou deixando o receio povoar o ambiente. 

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