CAPÍTULO 7

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Capítulo 7

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Capítulo 7

E assim começa uma família…

Custei a dormir, sabia que tinha exagerado naquela pizza. A barriga enorme, a agitação do bebê, o calor. Mesmo com o ar condicionado no máximo.  Contei os inexistentes pregos no teto. Li, fui até a cozinha, tomei água,  voltei para o quarto e inevitavelmente soltei uns gases bem fedidos. Cobri o sorriso e agradeci ao Marcos ter um sono pesado e só coçar o nariz diante tal vexame. Por fim, o cansaço me venceu e peguei no sono. Só que de madrugada…

— Aiiii…. — sentei de rompante com a mão sobre a barriga tentando conter a dor. — Como doe!

— O que foi, amor? — De um pulo, Marcos já estava ao meu lado tentando entender o que aconteceu. 

— Aaaiíii… — meu gemido foi mais forte. De repente algo pareceu explodir dentro de mim e logo o colchão ficou enxarcado. —  A bolsa estourou! — Falei entre os dentes.

— Ok. — ele levantou apavorado. —  Respire, bem fundo, lentamente,  calma! — ele sacudia as mãos sem saber o que fazer. — O que eu faço, meu amor?— se deu conta de que quem fazia o exercício de respiração era ele.

— Temos que ir pra maternidade…— gemi levantando. 

— Certo. — ele abriu o guarda roupas, vestiu uma camiseta, calçou um par de tênis e já veio em minha direção. 

— Você vai de cuecas? — não contive a risada. 

— Calça,  calça… — vestiu um moletom enquanto fui até o banheiro trocar a camisola. 

— Pronto. Estou pronto

— Pegue a bolsa do bebê no quarto dele.  — fui até a bancada da pia e passei uma água no rosto.  — Eu nunca mais vou transar.   — falei sentindo a dor das contrações. 

— Peguei a bolsa do bebê…

— Pegue a minha sobre a cômoda com os exames do pré natal  também.  — tentei andar, mas a pressão que o bebê fazia pra sair me empedia. — Marcos?! — o silêncio imperou.

Fui a passos lentos até a sala, o apartamento parecia estar vazio. Nenhuma das bolsas a vista. Senti um medo me abraçar. Onde diabos ele estava?

— Marcos! — Chamei o mais alto que pude e não obtive resposta. 

Pensei estar sonhando, mas a dor era bem real. Sentei no sofá e deixei umas lágrimas rolarem. Se isso era um pesadelo, precisava acordar. De repente,  a porta da sala abriu de sopetão e ele entrou esbaforido.

— Me desculpe, Ângela. Eu esqueci de levar você.

— Estava indo pra maternidade sem mim? — ele me ajudou a levantar e me amparou em seus ombros. 

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