CAPÍTULO 14

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CAPÍTULO 14

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CAPÍTULO 14

TEMPESTADES...

O som do trovão em meio a madrugada me acordou. A claridade dos raios iluminaram a janela e me aconcheguei mais ao corpo de Marcos. Ele me abraçou mais apertado, beijou meu rosto e deu um sorriso acolhedor na penumbra do quarto. A chuva logo em seguida fez a sua música anunciar que o dia seria complicado para viagens.

— Tem certeza que vai pegar a estrada com um temporal desses? — Minha voz saiu tímida.

— Ainda é cedo, posso ficar aqui com a minha medrosa até a tempestade passar. — Senti minhas bochechas queimarem. Meu medo por trovões era ridículo. Mas, achava conforto em seus braços. Voltei para ele e acariciei o seu rosto enquanto falava.

— Não zombe de mim, eles são perigosos!— ganhei um beijo roubado.

— Os raios são perigosos, não os trovões. — Nisso, outro estrondo trepidou os os vidros da janela me fazendo agarrar ao seu corpo com mais afinco. — Eu estou aqui, querida. E vou proteger você de todas as tempestade que a vida trouxer...

Afundei meu rosto em seu peito sentindo seu calor e o perfume da sua colônia. A vida estava trazendo muitas tempestades ultimamente. E cada vez elas se tornavam mais violentas. Não sabia se tinha estrutura emocional para sobreviver a todas sem me machucar. Fechei os olhos, deixei os afagos dele em meus cabelos embalar meu sono, mesmo dando mais um pulinho de susto ao som de outro trovão.

— Eu vou sempre estar com vocês...— Beijou minha testa, tão afetuoso que me senti culpada por ter fugido como uma louca para essa cidade.

— Vamos fazer terapia com você. — minha mão pousou em seu peito másculo e senti seus braços me envolverem mais apertado num aconchego gostoso. — Vamos corrigir nossos erros e voltar a sermos felizes.

— Eu te amo, Ângela. Não esqueça disso nunca. — segurou meu queixo e me fez encarar seus olhos. — E me desculpe, por todas as tolices que te disse até hoje. Você não tem culpa de eu ser um estúpido grosseiro. Você é a flor mais linda do nosso jardim e meu medo que alguém a colha é que me faz ter essas atitudes insanas.

— Ninguém vai fazer isso. — deixei um sorriso inseguro iluminar meu rosto e dei um gritinho com mais um trovão.

— Ângela, Ângela, vamos incluir isso na terapia...

◇◇◇

Quando Marcos estava pronto para partir ao amanhecer, o dia era tão cinzento que mais parecia cenário de um filme de terror. Nuvens escuras ao norte denunciavam que uma outra grande tempestade se aproximava. Os ventos horas frio, horas quentes diziam com todas as letras que a mudança de estação entre o inverno e a primavera desse ano iria ser um tanto desastrosa.

Por isso, ele me advertiu que não fosse para o sítio por causa da ameaça de chuvarada. Tinha medo de sermos pegos na estrada em meio a enxurradas e já tinha cota de acidentes suficientes para um único mês no meu currículo. Não queria ter que viajar preocupado comigo dirigindo em meio à uma tempestade.

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