CAPÍTULO 9

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SURPRESAS DO DESTINO

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SURPRESAS DO DESTINO...

Um segundo é muito tempo quando se está ao volante...

Quiçá todos aqueles segundos que desperdicei brigando com Fábio. Foi tempo suficiente para percorrer vários metros a cega e quando percebi o que poderia acontecer, a chuva, o pânico e o completo despreparo  para essa situação, causaram um infortúnio acidente... 

Por isso agradeci aos céus ser medrosa na direção e andar sempre devagar como uma tartaruga. Assim, quando bati na traseira do carro parado à minha frente, percebi que causei provavelmente só danos materiais e um tremendo susto em Fabinho.

Que com certeza, pelo seu olhar vidrado na traseira do carro, o enforcamento que levou do cinto de segurança e o barulho estrondoso que escutou, jamais vai tirar a concentração de outra pessoa quando ela estiver ao volante...

    — Mãe você está bem? — Ele abraçou-me quando viu que me desesperei ao ver o sangue que corria da minha testa quando passei a mão sobre ela. 

Não era nada grave, apenas um corte na sobrancelha quando bati a cabeça no volante. Na agonia de fugir de casa, coloquei mal afivelado o cinto e ele abriu-se com o impacto. É um filete singelo. Que vai causar uma grande dor de cabeça e provavelmente um inchaço.

— Droga! —  Berro socando o volante e me voltando ao meu filho.  — Viu o que me fez fazer! —  Ele não tem culpa, eu sei, não devia me influenciar por uma criança enquanto dirigia.

Mesmo assim, não fiquei com pena quando ele abraçou seu corpo em lágrimas assustado se recolhendo ao banco com o timbre que nunca escutou da minha voz o culpando por estragar o carro e talvez acabar com meu plano de fuga.

   —  Sua maluca, não olha por onde anda? — Gritou o ocupante do carro da frente que estava parado no semáforo diante de mim. 

Ele desceu furioso do carro, afinal o sinal tinha acabado de fechar e deveria ser minha obrigação parar com cautela atrás dele e não atropelá-lo.

  — Quer matar pessoas, porra! — bateu no capô do meu carro e levou as mãos aos cabelos puxando com força avaliando os prejuízos. — Mas que inferno! — chutou o pneu do próprio carro.

    — Me desculpe, por favor... Tenho seguro, não se preocupe vou pagar todos os danos que lhe causei... — Disse-lhe quando abri o vidro pressionando o corte com a manga da blusa para estancar o sangue.

    — Mas vai pagar, mesmo! — veio em minha direção com fogo no olhar? Acabei de tirar da revenda e… — me encolhi no interior do carro apavorada. A violência que andava as minhas brigas com Marcos me despertavam gatilhos de medo facilmente — Ângela?! É você mesmo? — Perguntou quando me reconheceu.

Levei uns segundos para perceber que o homem em questão na minha frente, já ficando molhado pela chuva fina, era Gabriel. Meu coração quase surtou com a coincidência e nesse momento queria ter desmaiado com a pancada na cabeça.

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