Capítulo 28

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Capítulo 27O desfecho

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Capítulo 27
O desfecho...

Tudo em nossa vida era uma montanha russa de emoções. Uma hora, ela estava embargada de felicidade, em outra, fadada a ter sempre algo a dar errado. Voltar ao apartamento sem Fábio, trouxe um vazio enorme no meio peito. Meu bebê tinha crescido, virado homem, já iria ser pai. E onde eu estava todo esse tempo? Tempo é como areia numa ampulheta, quando você se dá conta, já escorreu por entre seus dedos e perdeu-se momentos importantes em sua vida...

- Tudo bem, amor? - Marcos percebe meu olhar triste vagando sem rumo pelos cômodos.

- Está tudo tão vazio... - deixei ele me abraçar pelas costas e beijar meu pescoço.

- Não vai ficar por muito tempo, você sabe disso. Ainda temos a nossa pequena, peralta e logo teremos o nosso neto correndo por aí. - virou meu corpo para si e me deixei aconchegar em seu peito.

- Eu sei, mas é que Fábio ainda é um menino! - minhas lágrimas molharam a sua camisa.

- Sim, por isso precisa do nosso apoio, amor e alguns puxões de orelhas. - seus dedos entrelaçados em meu cabelo, fazia um afago gostoso.

- Onde erramos? - Levantei a cabeça e fitei aqueles olhos cansados dele.

- Você? Bom, quando escondeu a verdade sobre ele ao Gabriel. - Pensei em retrucar, mas seu indicador pousou sobre meus lábios. - Você agiu por impulso, Ângela. Não adianta negar. Se entregou sem planejar cuidados, sequer deve ter mencionado isso com Gabriel e...

- Ok, então eu sou a culpada? - Me afastei dele, cobri meus lábios com a ponta dos meus dedos, explodindo as próximas palavras em fúria. - Eu fiz meu filho sozinha? Não! Então por que sempre sou culpada de tudo que dá errado?

- Não foi isso que eu quis dizer. - Ele foi até o bar e se serviu de uma dose de conhaque. - Nenhum dos dois pensou nas consequências daquela noite, não estavam prontos. Você era inocente, Gabriel provavelmente já devia ter se envolvido com garotas mais experientes e por isso...

- Claro, eu era uma imbecil! - deixei o corpo cair sentado no sofá apoiando meus cotovelos em minhas coxas e as mãos no rosto.

- Ângela, hoje é um dia de alegria, não faz uma tempestade num copo d'água! - Marcos tomou sua dose e sentou-se ao meu lado me puxando ao seu colo. - Todos erramos. Eu, você, Gabriel, Fábio...

- Me desculpe, é que essa casa, esse silêncio todo, me sinto fragilizada. - enxuguei uma lágrima furtiva. - Tenho medo do futuro. Das coisas que vamos ter que enfrentar agora. Dessas duas crianças criando outra!

- Você criou o Fábio maravilhosamente. Ele vai saber o que fazer, e quando não souber, estaremos aqui. - A voz dele era de confiança, algo que eu havia perdido já algum tempo.

- Eu tenho medo. - falei me sentando frente a ele. - Tem algo ruim me rondando, sinto isso, é como um pressentimento, sexto sentido de mãe.

- Não tenha, vou estar sempre ao seu lado. - ganhei um beijo apaixonado. - E além do mais, eles vão morar conosco até conseguirem se estabilizar financeiramente. Não quero que Fábio perca a faculdade ou pare os cursos que anda fazendo. Eles são cruciais para se manterem no futuro.

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