CAPÍTULO 6

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Capítulo 6

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Capítulo 6

Notícias boas?

Por um instante, vi minha mãe ficar tão imóvel como uma estátua. Ela nem respirava, os olhos vidrados em mim sem nenhuma expressão e a pele tomando a palidez.

— Mãe,  por favor, diz alguma coisa. — acho que exageramos  na maneira de contar sobre tudo que decidimos.

— Não poderiam ter feito isso…— as palavras saíram firmes e frias de seus lábios. — Como ousa, Marcos?— A mão dela acertou o rosto dele de forma violenta. — Ela é só uma criança!

— Neyla, o que você prefere, sua filha largada e com um filho na barriga ou eu como genro e cuidando dos dois?

— É um absurdo! Vamos até a delegacia e fazer com que aquele moleque assuma o que fez!

— Mãe,  não temos tempo! Não quero escândalos! Quero só que o meu pai sobreviva e que meu filho seja bem acolhido. — tentei pegar nas mãos delas, mas ela as recolheu.

— Vai salvar o seu pai, para matá-lo de desgosto depois?— ela foi até a janela do quarto olhar o movimento lá embaixo. 

Depois de assinar todos os papéis da cirurgia, resolvemos contar a ela nossa decisão. Ali aguardávamos o desfecho da cirurgia do meu pai. Não dá para dizer que ela aceitou de boa o que decidimos fazer sobre nossas vidas. Mas não poderia impedir,  pelo menos, de salvar meu pai.

— Eu te avisei, Ângela. Aquele garoto era problema!— ela voltou até onde estava e sacudiu meus ombros com força. — Como acha que as pessoas reagirão ao verem você e o Marcos juntos, como marido e mulher?

— Não interessa o que as pessoas vão pensar de nós,  Neyla! Eu estou pronto para assumir toda a irresponsabilidade dos dois. — baixei a cabeça envergonhada. A frase doeu, mas era verdade. 

— Ela não tem idade para se casar! — minha mãe tentava por juízo em nossas cabeças. — Vai só te trazer problemas.

— E pra ser mãe solteira? Ela tem?

— Mãe,  sei que estou te fazendo sofrer. Que fui burra e negligente. Mas, deixa eu tentar corrigir isso.— tentei outra vez me aproximar dela.

— Casando com um cara vinte anos mais velho que você?— ela olhou Marcos com asco. — Vai para um bordel, pegar uma ninfeta! Minha filha não é…

— Não ouse dizer essa palavra,  Neyla! — Marcos se aproximou dela e apontou o dedo em riste ao seu rosto. — Eu amo Ângela, tanto quanto amei você! E vou fazer ela feliz! Vou criar seu neto como se fosse meu filho! E vou honrar todos os compromissos de marido e pai!

"MARIDO". Nesse momento me dei conta que estou assumindo algo que talvez não queira. Como esposa, terei deveres. Não nego que gostei do breve beijo que me deu no restaurante de Carla. Mas, transar? De momento,  meu estômago embrulhou,  e quase vomitei pensando em como seria nossa vida no dia a dia.

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