Capítulo 16

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CAPÍTULO 16

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CAPÍTULO 16

RECOMEÇO

Dei um longo beijo carinhoso e saudoso em Marcos quando o recebi na porta do nosso apartamento dias depois. Assustei-me com a intensidade do momento, porque realmente estava sentindo saudades dele. Foram apenas dez dias fora, mas ver Marcos com aquele sorriso amplo esbanjando saudades me deixou muito emotiva. Um coração descompassado de alegria batia em meu peito e as lágrimas escorreram em volume pelo rosto quando me deixei prender em seu abraço por longos minutos sentindo o calor do seu corpo me aquecer.

— Estava morrendo de tantas saudades suas, meu amor. — A voz rouca dele próximo ao meu ouvido transborda sinceridade e faz com que não consiga controlar meu choro.

— Marcos, eu senti tanto a sua falta! — era verdade. Nunca me senti tão sozinha quanto agora na sua ausência. É como se um pedaço de mim estivesse faltando. Ele enxugou a torrente salobra nas minhas bochechas com os polegares e beijou a minha testa com ternura.

— Agora eu estou aqui, ao lado de vocês pra recomeçar uma nova vida. — meu estômago embrulhou. Ele parece  saber lá no seu íntimo sobre o que aconteceu em Bromélias dias atrás entre eu e Gabriel.

— Pai!— Fábio veio correndo abraçar na mesma intensidade de saudade.

— Então,  cuidou bem da sua mãe?

— Eu não preciso de babá,  Marcos! — revirei os olhos, mas me juntei aquele abraço gostoso.

Por que de fato, ao lado daquele dois era meu lar. Meu aconchego. Meu porto seguro. E agora que tinha de vez encerrado meu passado, nada mais justo que comemorar esse recomeço. Para Marcos, o maior tesouro do mundo, éramos nós três, juntos. O resto parece um pesadelo que ficou para trás. Esquecido, guardado num baú cadeado em um fundo de um poço.

— Trouxe o que pedi? — Fábio se afastou olhando as malas no corredor.

— Fábio,  seu pai recém chegou! — ralhei,  mas já era tarde. Ele já trazia as malas para o meio da sala e esfregava as mãos ansioso.

— Claro que sim, mas, preciso de um banho primeiro. — Fábio bufou impaciência. — Você vem comigo, amor? — Nem questionei. Saí de mãos dadas com ele ouvindo meu filho resmungar que poderíamos namorar outra hora.

No chuveiro,  fizemos o amor mais gostoso desses treze anos de casados. Eu tinha urgência no corpo dele. Precisava matar a saudade dos seus beijos, suas carícias e sentir o quanto ele me fazia feliz, mesmo eu tentando me iludir que aquilo era só gratidão por um passado complicado do qual me resgatou. E quando finalmente aparecemos na sala…

— Pela demora, devem ter feito gêmeos. — Fábio trepida o pé nervoso no tapete da sala.

— Do que você está falando, meu filho? — Marcos se acomodou no estofado maior, servi uma dose do seu whisky preferido, sentei ao seu lado e o vi e sorver o liquido ambar sentindo o gosto em seus lábios com satisfação.

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