CAPÍTULO 5

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CAPÍTULO 5

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CAPÍTULO 5

Dias melhores virão?

Nem bem  o dia clareou minha mãe voltou ao hospital. Era inútil, já que ela só veria meu pai no horário de visitas, ou seja, meio-dia. Mas, estar de prontidão na recepção para qualquer eventualidade aquecia seu coração e a deixava cheia de esperanças.

Não consegui convencer ela aceitar o dinheiro de Marcos, dizia que não queria se prender a um compromisso que não poderia honrar e tinha certeza que meu pai diria o mesmo. Tinha fé que uma vaga no hospital público surgiria a qualquer momento e  meu pai resistiria ao transporte. Quanto ao meu irmão,  restou se entocar no quarto e chorar, já eu, bom, tenho um emprego que não posso perder. E quando abri a porta para sair…

— Que cena mais ridícula foi aquela ontem, Ângela? — Gabriel me esperava na soleira da porta pronto para bater.

— Não sei do que você está falando! — Tentei passar por ele, mas segurou meu braço e me trouxe de volta para dentro de casa. — O que pensa que está fazendo?

— Precisamos conversar!

— Não temos nada pra conversar!— bufei, cruzei meus braços diante o peito fazendo uma birra. — Preciso trabalhar. Estou atrasada!

— O que Marcos estava fazendo aqui ontem?

— Ele nos deu uma carona no hospital. Aliás,  deveria ter sido você! — apontei o dedo rente ao seu nariz. — Mas esqueceu que tem uma namorada! Que o pai dela está morrendo e que ela precisava de sua atenção. 

— E precisava beijar ele?

— Não o beijei! Ele me deu um beijo de despedida,  nada de mais!

— Ângela,  tive uns contratempos, mas vim até a sua casa e…

— Gabriel, eu realmente tenho que ir. Não posso perder meu emprego. — tentei fazer ele sair.

— Está me expulsando da sua casa? — ele se voltou e segurou meu pulso com força. — A carona, podia ser até o seu portão. Ele estava dentro da sua casa!

— Meu pai precisa de uma cirurgia. Ele estava tentando convencer minha mãe a aceitar um empréstimo dele.

— Empréstimo?! — ele ficou sério não acreditando no que eu dizia. — E você era a garantia de pagamento? — minha mão encontrou seu rosto com violência. Quem ele pensava que eu era?

— Saí da minha casa! — gritei.

— Você é a minha namorada! Não vou deixar que aceite dinheiro daquele homem! — ele me empurrou com força.

— Vai me emprestar? — falei furiosa  enquanto ele alisava o rosto marcado de vermelho.

— Sabe que eu não tenho um montante tão alto para isso. — respirou fundo. — Olha, me desculpe! Eu vou falar com minha mãe. Me dê um tempo, ok?

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