CAPÍTULO 24

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CAPÍTULO 23

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CAPÍTULO 23

Mais uma chance…

De repente, parecia que o nosso mundo tinha virado de cabeça para baixo. Essa situação toda parecia um grande pesadelo do qual não conseguimos acordar. Marcos  estava com a mão sobre seu peito, ofegante nos braços de Gabriel, que de joelhos no chão o ampara, as lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto e não sabíamos se eram de alegria por ter sido socorrido a tempo, vergonha por ter sido o ex da sua mulher ser a sua salvação, medo pelo que viria a seguir ou ódio por ter deixado Fábio de rédeas tão soltas. Nós três, eu, Fábio e Sofia, ficamos abraçados afastados dos dois e petrificados olhando a cena sem reação, como se o tempo para nós tivesse simplesmente parado. E um pânico iminente começa a contaminar o ambiente. A contagem regressiva foi lançada e parece que o relógio da vida está contra nós…

Por sorte…

Os socorristas chegaram rápido. Não perderam um minuto sequer no atendimento em meio a minha sala e logo Marcos estava dentro de uma ambulância a mil por hora pelas estradas da cidade a caminho do hospital. Meu coração em meio a tanta aflição, fios e equipamentos conectados ao seu corpo, batia na mesma intensidade da velocidade do veículo. 

— Vai dar tudo certo, amor! — Segurava a mão dele firme entre as minhas e acariciava seu rosto tentando manter ele calmo. — Você não pode deixar de conhecer seu neto. E ele vai ser lindo!

Marcos resmungou algo incompreensível. Ele tinha um respirador sobre sua face, um soro em seu braço e já estava conectado a medidores de pressão e batimentos cardíacos. Um infarto é igual a um tsunami. A primeira onda anuncia o desastre. A segunda, maior e mais devastadora, acaba com seus planos para o futuro.

— Não fale nada, meu bem…— beijei seu rosto com ternura. — Estamos cuidando de você.

Os olhos dele transmitiam inúmeros sentimentos nas lágrimas que deixavam escapar. Medo, dor, decepção, tristeza por talvez ter que partir. Não me iludo. Sei que a sua alimentação não é das mais regradas. O quanto seu trabalho é estressante. Quanto a vida já nos bateu e, sei também o quanto a sua idade influencia nessa situação. Beirar os sessenta, é um gatilho quase certo ao lado trágico da situação. 

— Calma seu Marcos. Escute a sua filha, ficar agitado agora só prejudica sua situação. — o atendente falou tentando confortar.

— Meu marido. — Corrigi rapidamente o erro, pois via o quanto a afirmação tinha deixado Marcos desconfortável. 

— Me desculpe, seu Marcos. — o atendente mantinha o monitoramento com mais cautela agora. — Mais um motivo para lutar, então! Não pode deixar uma esposa tão jovem e bonita viúva. — deu uma piscadela para ele.

— Não vou ficar viúva. Você não vai me deixar agora, lute amor! — Beijei seu rosto novamente com medo que a dama da morte estivesse disposta a levá-lo consigo. — Tudo vai ficar bem. É só mais um susto da vida! — sorri terna, agradecida por estar ao seu lado, podendo lhe confortar nesse tortuoso momento e  afirmei para mim mesma, que tudo ficaria bem...

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