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Como tudo começou:
O caldeirão é conhecido por ser a fonte da vida.
Segundo histórias, que passaram de geração a geração, a mãe usou o poder do caldeirão, derramando-o pelo mundo, que antes era vazio e sem vida.
A vida foi criada, com o poder daquele objeto, a mãe criou os seres, hoje conhecidos como Grão-feéricos e os humanos, assim como criou os animais, entre outras coisas.
Um mundo que antes era vazio e sem vida, sem qualquer fonte de magia, se tornou um mundo com magia, com vida.
O que a história não conta, é que o caldeirão não é um objeto, apenas.
Mas sim uma prisão.
Aleksander fora criado pela mãe antes de qualquer coisa, ela doou grande parte do seu poder para ele, poder demais.
Conforme o tempo foi passando, mudanças acontecerem, mudanças ruins, a mãe reconheceu que Aleksander tinha mudado, ele fora criado para ser puro, para ser bom, assim como qualquer vida que a mãe criaria depois.
Mas com tanto poder em suas veias, Aleksander ficou ambicioso.
Sendo tão poderoso, ele começou a ter ideias, algumas não tão boas.
Aleksander não queria morar por toda a eternidade no paraiso, onde a mãe reinava.
Ele queria o seu próprio reino, seu próprio mundo, seu próprio povo.
E ele tinha poder para isso.
A mãe não levou sua ideia com tanto otimismo e ordenou que Aleksander parasse, que desistisse dessa ideia tão ambiciosa.
Ele não parou, então a mãe não viu outra escolha a não ser prende-lo, usando o caldeirão.
Durante séculos, aleksander ficou preso, naquele lugar vazio que era o caldeirão, ele sentia seu poder sendo usado, sentiu quando a mãe criou a vida, os seres, ele sentiu sua magia sendo sugada.
E ele odiou.
Quando a vida foi criada com o poder do caldeirão, a magia que o prendia enfraqueceu.
Ele aproveitou essa brecha e se libertou, usando de sua astúcia para ganhar a confiança dos seres daquele mundo.
Aleksander conquistou Prythian inteira, se tornando Grão-Rei, mas ele queria o controle de tudo, queria que todos os continentes servissem a ele.
A mãe interviu pela segunda e última vez, usando sua própria magia para prender Aleksander, que lutou até o último momento.
Muitas coisas foram destruídas e vidas perdidas, mas ela prendeu Aleksander.
Para prender ele, ela teve que o enfraquecer, tirando parte do seu poder e transferindo para objetos, conhecidos como os tesouros nefastos.
O caldeirão foi separado, assim, mesmo que suas partes fossem usadas, Aleksander não poderia de libertar, a não ser que o caldeirão fosse quebrado, o que era quase impossível.
Ele ficou preso por muitos e muitos milênios.
Como um último recurso para que ele jamais conseguisse o que queria, a mãe jogou uma maldição nele e criou objetos capaz de conter a magia de Aleksander, assim como uma adaga, que serviria para deixa-lo indefeso.
O objeto que contém a magia dele é o livro dos sopros, capaz de enfraquece-lo por pouco tempo, a adaga o deixa indefeso, se apunhalado com a adaga, Aleksander não pode retira-la.
A mãe o amaldiçoou, segundo a maldição, para recuperar sua magia, Aleksander teria que sacrificar aquilo que mais ama, a pessoa mais importante para ele, pois, um sacrifício prova que ele é digno de ter sua magia.
O que a mãe considerou não ser possível, já que Aleksander não foi capaz de amar ninguém.
Conforme os milênios foram passando, seres de outros mundos migraram para esse, os feéricos nomearam um novo grão-rei depois de muito tempo, guerras foram travadas e as cortes foram divididas.
A prisão foi criada e os piores e mais poderosos monstros foram presos lá.
Aleksander nunca conseguiu se libertar.
Ele achava que ficaria louco, com todo aquele vazio e escuridão, ele não via nada, mas o vento lhe sussurrava coisas, só assim ele soube de Amarantha e assim ele pôde usar de seus dons para manipular a mesma.
Há poucos milênios, Aleksander passou a ter sonhos.
De início ele achou que estivesse enlouquecendo, mas ele tinha as visões.
Uma fêmea, era sempre a mesma fêmea.
Ela tinha cabelos escuros, olhos violetas, a pele era bronzeada e a fêmea tinha tatuagens, em forma de espirais.
As visões eram diferentes, em uma, ela estava ao lado de outra fêmea com tatuagens nas mãos, estavam em uma sala clara e a fêmea de sua visão pintava um quadro, uma paisagem.
Em outra visão, a fêmea lutava contra um macho cujo os cabelos chegavam aos ombros, ela lutava como uma guerreira.
Em outra visão, a fêmea lia um livro, ela parecia estar em uma biblioteca, sentada em uma poltrona de aparência confortável e lia atentamente o livro que tinha uma capa vermelha de veludo.
Durante milênios, Aleksander sonhou com essa fêmea, antes mesmo dela nascer, ele sabia por quê sonhava com ela.
Mas ele se agarrou aquilo, para escapar do ódio e do vazio ele se agarrou aquelas visões.
Ele queria sentir algo além do vazio, queria se sentir, mesmo que por pouco tempo, vivo.
Ele sentia... satisfação ao ver a fêmea, ele gostava das visões que tinha com ela.
Era a única forma de se manter lúcido.
Ele se agarrou a aquelas visões, se agarrou a imagem daquela fêmea como se fosse a sua âncora.
Então o tempo passou e as visões se tornavam mais claras, mais longas.
Até a queda de Hybern e a quebra do caldeirão.
Aleksander sentiu as amarras que o prendiam se soltaram mesmo que minimamente.
Ele sentiu o que restou dos seus poderes voltar para seu corpo, mesmo que grande parte estivesse preso, tanto pela maldição quanto pelos tesouros.
Ainda sim ele sentiu, só precisaria de alguém para liberta-lo.
Alguém só precisaria chegar perto do caldeirão e usando de sua manipulação, com bastante esforço Aleksander conseguiria se libertar.
E foi o que aconteceu.
41 anos após a queda de Hybern.
*Primeiramente, esse capítulo foi apenas para explicar um pouco o que aconteceu com Aleksander.
Mas ao longo dos capítulos ele ira revelar como algumas coisas aconteceram.
Exemplo, o fato dele ter manipulado Amarantha, como ele fez isso sendo que estava preso? Vai ser explicado.
Espero que gostem.
Bjs.
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O Vilão
FantasyAmélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um poder fora do normal e com um coração que mal cabia em seu peito, ela recebia sorrisos aonde passava. Sua vida e a de todos da corte noturna es...