O Vilão

Capítulo 34

Cassandra on:

Avanço, mas a criatura defende todos os meus golpes.

E por mais que eu odeie admitir, ele é habilidoso, demais.

E obviamente seria, afinal esse ser tem milênios, os três tem.

Tenho sorte por estar escondendo minhas asas, do contrário eles poderiam ferir elas.

Eu não conseguia acessar meus poderes, mas continuei atacando a criatura na esperança de arrumar uma mínima brecha para derruba-la e ajudar Azriel, que estava cedendo para os golpes rápidos de Kieran.

Eu não sei por que ele hesitou em me atacar, mas não deixarei que ele mate meu tio, não enquanto eu puder lutar.

E como meu pai me ensinou a arte das trapaças em uma luta contra qualquer inimigo, eu golpeio a criatura e quando ela desvia eu lhe dou uma rasteira de repente, fazendo-a cair no chão.

Corro até Kieran, que derruba Azriel e o ataca com a espada, mas antes que a espada atravesse Azriel eu bloqueio o golpe.

Vejo raiva nos olhos azuis, uma raiva brutal.

Ele parece confuso quando olha para mim e recua imediatamente.

Azriel ainda está no chão, ele grunhe de dor quando estanca um ferimento na barriga.

Fico na frente dele, erguendo a minha espada e ficando em posição de batalha.

Kieran apenas me observa, mas não diz nada.

Ele é mudo?

Bom, ele é bonito.

Lindo na verdade.

Estava usando um couro de batalha.

Seus olhos eram azuis, ele era alto, tão alto quanto meu pai, além de ter músculos por todo o corpo, obviamente, afinal ele treinou durante anos.

Seus cabelos são pretos, um pouco abaixo dos ombros, as sobrancelhas grossas e bem feitas, além de lábios carnudos, mas o que chamou a atenção foram as sardas avermelhadas que se multiplicavam por todo o seu rosto.

Algo o tornava misterioso demais, Kieran era frio, como uma pedra de gelo, além do fato dele não ter falado nada desde que acordou.

Sorrio e ataco, ele bloqueia meu golpe e gira, atacando também, mas eu consigo desviar do golpe.

Assim iniciamos uma luta, se é que se pode chamar assim, já que eu ataco e ele bloqueia, atacando de vez em nunca.

Aquilo me irrita.

Ele acha que não consigo derrota-lo?

Coloco mais força nos golpes, atacando mais rapidamente e avançando, conforme ele recua.

Pego uma pequena adaga escondida em meu couro e quando me aproximo o suficiente cravo a arma em seu ombro.

Kieran grunhe, cambaleando para trás, surpreso.

Vejo Azriel lutando com Horus, enquanto Amélia luta incansavelmente com Aleksander.

O Grão-feérico em minha frente arranca a adaga do ombro com força e a joga para o lado.

Ele avança, golpeando com a espada repetidamente conforme bloqueio e o ataco, defendendo e atacando, repetidamente, nos movimentando pelo salão.

Até que ataco, mas Kieran gira, chutando minha lâmina para longe, com uma habilidade incomum.

Arfo surpresa quando vejo a espada quicar no chão há vários metros.

Olho para Kieran, esperando que ele ataque.