Capítulo 46

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As lágrimas banhavam o rosto de Amélia quando ela se trancou em seu quarto.

Cassandra a chamou, inúmeras vezes ao vê-la no corredor, mas a fêmea ignorou, não queria falar com ninguém agora.

Sua prima pareceu entender isso e não foi procura-la.

Ela escorregou até o chão, as costas coladas na porta, enquanto as lágrimas inundavam seus olhos e molhavam seu rosto.

Ela sabia que tinha sido dura, talvez até demais.

Mas não queria sofrer, não por alguém que sequer estava disposto a desistir de coisas por ela.

Antes de sua traição, talvez ele pudesse desistir de seus planos, mas agora?

Aleksander não deveria confiar nela, não depois do que ela fez, ela sabia que as chances dele confiar nela de novo eram mínimas.

E ainda tinha a sua família.

Ela não estava preparada para os julgamentos.

Se dormisse com Aleksander, depois do que ele fez para a sua família e seu povo...

Que tipo de governante ela seria, se por algum motivo se apaixonasse por alguém que ameaça seu povo?

Que tipo de pessoa ela seria se amasse alguém que ameaça sua família?

A fêmea suspira, sentindo seu coração acelerado, sentindo algo queimar seu peito e revirar seu estômago, como se seu corpo não tivesse apreciado a decisão que ela tomou.

Ele é seu parceiro, isso só complica tudo.

Ela se ergueu lentamente, andando até a sacada, onde a brisa fria fez seu corpo estremecer levemente.

Ela pressiona os lábios, segurando as lágrimas.

Tinha feito o certo, estava seguindo por um bom caminho.

Então...

Por que ela estava tão destruída com isso?

                           {...}

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A fêmea encarava os monstros a sua frente com firmeza, enquanto ouvia o que eles tinham a dizer.

Quando aquelas criaturas a encontraram, ela achou que fosse por qualquer motivo besta.

Ela já enganou muitas pessoas, já roubou mais homens do que gostaria de admitir, todos mortais, todos fracos.

Por ser feérica, ela podia se esgueirar para o mundo mortal e voltar, assim, após tomar fortunas, eles não poderiam seguir ela.

Ao ver as criaturas, a primeira coisa que se passou em sua mente foi, "Eles me acharam".

Mas depois de ouvir o que tinham a dizer, ela se permitiu relaxar e encarar os seres horríveis a sua frente.

Os olhos azuis estavam desconfiados.

- Por que querem minha ajuda? E como me acharam? - perguntou, sentada na mesa de um bar, que ela não se deu ao trabalho de lembrar o nome.

Além de vazio, a taverna parecia ruir a cada minuto, um lugar horrível, não que ela fosse passar tanto tempo ali.

O monstro sem rosto, que poderia causar arrepios em qualquer um, se inclinou para a frente.

- Nosso mestre, tem se divertido com um...lixo feérico - explicou, a fêmea ergueu uma sobrancelha, mas ignorou o insulto.

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