Capítulo 96

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Amélia e Aleksander caminhavam pelas ruas de velaris com um sorriso estampado em seus rostos.

Quando acordaram naquela manhã, depois de Aleksander ir para casa se aprontar para aquele dia, ambos se encontraram nas margens do rio sidra e então começaram a procurar seu novo destino.

Eles entraram na parte menos movimentada da cidade, onde os feéricos já não perambulavam tanto, ou a agitação do quarteirão dos artistas se tornava ausente.

Uma parte mais calma, por assim dizer.

Passaram um bom tempo procurando a casa ideal e obviamente à venda.

Encontraram a casa quase no fim da manhã.

Rústica, com dois andares e um lindo jardim enfeitava a frente da casa, além do quintal espaçoso.

A placa em frente a casa dizia claramente aonde deveriam ir e ambos foram.

O vendedor, um feérico de idade que morava em uma casa menor na parte mais movimentada da cidade, os recebeu em sua casa para que pudessem conversar sobre os termos da compra.

Segundo ele, a casa era grande só para ele e o local era muito "parado", coisa que ele não gostava mais.

Em menos de meia hora, Aleksander e Amélia já tinham uma casa e...talvez em alguns dias pudessem se mudar para lá.

Isso, é claro, depois que ela conversasse com sua família.

Não que eles fossem se opor, mas ela sabia que seria difícil para seus pais, afinal, nem passava pela cabeça deles que Amélia iria querer ir embora tão cedo.

Eles estavam de volta nas margens do rio, depois de finalmente terem achado a casa ideial.

- Amanhã podemos ir comprar algumas coisas para decoração...se quiser - ele fala baixinho, tocando o rosto dela, os olhos varreram o rosto da fêmea em busca de uma resposta.

Amélia sorriu minimamente.
- Seria perfeito e...eu preciso falar com meus pais sobre nossa nova ideia - ela respondeu.

- Acha que vão...- ele não precisa terminar para que ela negue com a cabeça.

- Não, eles estão mesmo cumprindo o que disseram, não irão mais se opor - o tranquiliza.

- Acha que se eu aparecer lá eles se importarão? - um sorrisinho desenha o rosto dele.

Amélia bufa, revirando os olhos.
- Não vamos abusar né?

O macho ri baixinho.
- Certo, amor - murmura, se inclinando para colar seus lábios em um selinho demorado - mas mal posso esperar para te ter só para mim, todos os dias.

Ela ronrona quando o macho toca o nariz em sua bochecha, inspirando o cheiro dele, antes de deixar outro beijo na bochecha da fêmea.

- Você já tem, só vamos tornar oficial - ela fala.

Ele assente.
- Tem mesmo que ir? - ele pergunta e ela assente, antes de sorrir quando o macho bufa levemente insatisfeito.

- Preciso organizar umas coisas antes de falar com eles - ela justifica, mas deixa um beijo no rosto do macho - a gente se vê a noite.

Aleksander assente.
- Certo, nos vemos a noite, amor - responde com um mínimo sorriso.

Amélia retribui, mas quando faz menção de ir embora ela percebe que ele não a solta.

A fêmea franze o cenho.
- Precisa me soltar para que eu possa ir - ela diz de forma divertida.

Ele deita a cabeça, a encarando com um brilho já conhecido por ela.

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