𝟬𝟭. 𝗔 𝗣𝗥𝗘𝗧𝗢𝗥𝗔 𝗘𝗦𝗧𝗔́ 𝗘𝗦𝗧𝗥𝗔𝗡𝗛𝗔.

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𝖠 𝗉𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺 𝖾𝗌𝗍𝖺́ 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖺𝗇𝗁𝖺.

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             O ACAMPAMENTO JÚPITER ERA SUA
casa agora. Emi, Matteo e Ana eram sua família.

Você acreditava que, nos cinco anos desde a sua chegada, quando tinha onze anos, até agora, com dezesseis, tinha feito um bom trabalho.

Seu nome era reconhecido por onde passava no acampamento, seja por coisas boas, como melhores festas, melhor conselheira, melhor amiga, melhor em travessuras, etc, como também por coisas ruins. Mas são muito poucas, nem vale a pena citar.

Os Pretores, Pietro e Pierre, desistiram de te punir, por que perceberam que aquilo não adiantaria. Além disso, suas brincadeiras eram inofensivas e só serviam para animar a legião.

Mas, com a retirada para a faculdade dos "Dois P's", apelido dos pretores, outras pessoas precisaram entrar em seu lugar. Essas foram Jason Grace, alguém que considerava um amigo próximo da sua coorte, e Reyna Avila Ramirez Arellano.

Ela era uma garota complicada. Veja, sua pele parda fazia par com seus olhos escuros, tão escuros que se tornavam indecifráveis. Seu cabelo cor castanho-escuro caia sobre seu ombro em uma trança milimetricamente calculada e perfeita. Ela era linda. Muito linda. Mas muito irritante.

Você não odiava Reyna, por muito tempo, sua existência foi insignificante para seu ser. Ela era apenas a "certinha", sempre contra tudo e qualquer coisa que te envolvesse.

Mas, a Ramirez estava longe de ser sua pessoa favorita. E isso estava mais claro ainda agora.

Sentada de uma maneira nada elegante na mesma cadeira de veludo roxo, você descansava seus pés sobre a mesa da Pretora enquanto sorria para seus melhores amigos, Argentum e Aurum.

As visitas a sala do Pretor foram tantas, que os cães meio que se familiarizaram com a sua figura, parando de latir e rosnar sempre que respirava perto deles.

Quando a Pretora entrou na sala com um suspiro cansado, tudo que conseguiu fazer foi sorrir, por mais que se esforçasse para se controlar.

- "Então, querida pretora, o que vai ser? Louça? Vidros? Estábulos? Templos? Só diga logo, suas broncas não vão funcionar comigo". - Disse assim que ela se sentou naquela cadeira ridiculamente brega.

- "Pode ter um mínimo de respeito com a sua superior?". - Ela parecia não suportar estar na mesma sala que você, não que isso te importasse, você também não estava feliz ali.

- "Estou sendo respeitosa. Ou prefere que eu me ajoelhe perante sua grandeza e te chame de rainha?". - Ironizou.

- "Prefiro que tire os pés da minha mesa e se sente como uma verdadeira romana". - Cruzou os braços esperando que fizesse o que mandara anteriormente.

Se existia algo que odiava tanto quanto sua vida de deuses, semideuses e todo tipo de capeta, era essa frase. "Como uma verdadeira romana". Você ouviu aquilo tantas vezes de Pietro, ou de Pierre, ou de qualquer idiota que achava sua vida interessante.

Uma verdadeira romana. O que seria isso? Uma máquina que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana? Alguém que fica com a cara fechada o tempo todo enquanto veste uma ridícula armadura de um metal mais ridículo ainda?

𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 // Reyna Avila Ramirez-ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora