𝟭𝟭. 𝗣𝗢𝗥 𝗙𝗔𝗩𝗢𝗥, 𝗡𝗔̃𝗢 𝗦𝗘𝗝𝗔 𝗨𝗠 𝗙𝗜𝗚𝗨𝗥𝗔𝗧𝗘.

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𝖯𝗈𝗋 𝖿𝖺𝗏𝗈𝗋, 𝗇𝖺̃𝗈 𝗌𝖾𝗃𝖺 𝗎𝗆 𝖿𝗂𝗀𝗎𝗋𝖺𝗇𝗍𝖾.

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                 VOCÊ ANDAVA DE UM LADO PARA
o outro na sala de reuniões. Seu amigo pássaro estava em sua cabeça enquanto, Reyna, Jason e, infelizmente Octavian, te encaravam.

Sim, Octavian. Ele tinha melhorado e estava pronto para voltar a trabalhar.

Estavam discutindo estratégias para a batalha do Monte Ótris. Muitas coisas precisavam acontecer para que o futuro ocorresse como o planejado, a questão era: você não podia simplesmente dizer o que fazer.

Era isso que ocupava sua mente, trazendo mais e mais problemas a cada passo dado. O que faria para que tudo funcionasse? Qual estratégia levaria vocês para o caminho certo?

Murmurava coisas sem sentido, se sentia meio mal por isso. Vivia criticando esse hábito de Octavian, e agora estava fazendo a exata mesma coisa.

— "Vamos, Nuntius. Ajude em alguma coisa". - Sussurrou para seu corvo, que deveria servir para te orientar, mas estava sendo apenas um figurante nessa história.

— "Continue pensando, senhorita. A chave para todos os problemas está bem ai, dentro de sua cabeça. Encontre-a e então tudo se tornará mais claro". - Dizia de forma poética, o que não ajudou nem um pouco.

— "Desde quando ela fala com um corvo?". - Octavian sussurrou para os pretores, que estavam tão confusos quanto o loiro magrelo.

— "Essa é nova pra' gente também". - Jason disse, sem tirar os olhos do pássaro negro que descansava com as garras entre seus fios de cabelo.

"E se chegássemos antes deles. Poderíamos ficar lá, esperando". Pensou, não era uma má ideia. Isso daria a chance de montar uma enfermeira improvisada mais preparada, isso salvaria muitas vidas.

— "Não. Você sabe, Sophia. Sabe que eles já estão prontos, desde já. Chegar hoje ou amanhã não mudará nada. Essa não é a solução, não está olhando direito". - Nuntius leu sua mente. Não estava procurando direito? Bom, pelo menos estava tentando, diferente de certas pessoas... ou aves.

— "Sophi, talvez devesse descansar a mente um pouco". - Reyna parecia preocupada, principalmente porque tinha te chamado de Sophi.

— "Descansar, descansar, descansar". - Repetiu. - "Não. Não posso parar, preciso... preciso procurar mais afundo. Preciso achar a chave". - Aquilo tinha muito sentido para você, mas com toda certeza assustou seus amigos.

— " Sophia, nem sempre a resposta é o que esperamos. Sabe disso. Às vezes procuramos a chave perdida embaixo das tábuas soltas do chão, atrás de quadros ou até em compartimentos escondidos em armários, quando na verdade, ela está em cima da mesa, na nossa frente. A chave está em cima da mesa, você precisa olhar para ela". - Tentou esclarecer. Não ajudou. Na verdade, apenas te atrapalhou.

"Chegar de surpresa?" pensou. Se chegassem de surpresa, poderiam conseguir uma vantagem inicial sobre eles, o que não duraria para sempre.

— "A senhorita sabe que eles aguardam por seu ataque. Estão te esperando, sabem que estão vindo. Não existe maneira de chegar de surpresa quando já é algo esperado". - Ele tinha razão. Chegar de surpresa definitivamente não era uma opção.

𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 // Reyna Avila Ramirez-ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora