𝟭𝟱. 𝗦𝗢́ 𝗔𝗣𝗥𝗢𝗩𝗘𝗜𝗧𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗔 𝗣𝗔𝗭 𝗔𝗡𝗧𝗘𝗦 𝗗𝗔 𝗣𝗥𝗢́𝗫𝗜𝗠𝗔 𝗚𝗨𝗘𝗥𝗥𝗔.

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𝖲𝗈́ 𝖺𝗉𝗋𝗈𝗏𝖾𝗂𝗍𝖺𝗇𝖽𝗈 𝖺 𝗉𝖺𝗓 𝖺𝗇𝗍𝖾𝗌 𝖽𝖺
𝗉𝗋𝗈́𝗑𝗂𝗆𝖺 𝗀𝗎𝖾𝗋𝗋𝖺.

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DEU UM SUSPIRO PROFUNDO ASSIM
que todo seu corpo entrou em contato com a água quente do laguinho.

Semanas tinham se passado desde a guerra. Tudo estava indo bem, você estava finalmente apta a fazer coisas normais, como abraçar, andar, beija e treinar.

O acampamento estava finalmente começando a se estabilizar, claro, levaria tempo para voltar ao normal, principalmente pelo desaparecimento de Jason que aconteceria muito em breve.

Os campistas já conseguiam fazer suas tarefas diárias normalmente, o clima no refeitório já não era mais estranho, e todos estavam se acostumando com seu relacionamento com Reyna.

Sim, tinham assumido tudo. Meio que foram obrigadas, considerando o beijo na frente de todo mundo quando você estava esticada e sangrando no chão, mas isso não importava, os planos eram de contar, mais cedo ou mais tarde.

Sentiu o toque de Reyna em sua coxa nua, o que significava que ela estava logo ao seu lado. Fechou os olhos e apoiou a cabeça no ombro da morena, que fez o mesmo, soltando um longo e cansado suspiro.

Parte daquele cansaços era sua culpa. Se lembra do favor que tinha pedido a Reyna? Ensiná-la a lutar com a espada.

Acontece que você era mais difícil do que parecia.

Não existem palavras para descrever o show de horrores que aquilo foi, mas o olhar impressionado e assustado de Reyna quando te observava repetir os movimentos demonstrados te dizia tudo.

Considerou várias vezes apenas desistir. Sabe, dava para se virar muito bem com um arco, umas pragas aqui e ali, um pouquinho de luz e, quem sabe, até uma poesia capaz de mandar qualquer um direto para o tártaro em segundos de tanta beleza. Ou dava para só aceitar e morrer de uma vez.

Reyna não te deixou escolher nenhuma das opções, praticamente te obrigando e usando de chantagem emocional para te convencer a tentar de novo.

Seus músculos doíam, e você podia apostar que os de Reyna também.

— "Desculpa por te ocupar em seu dia de folga". - Sussurrou. Esse era um fato importante: a folga de Reyna, uma folga rara, que deveria ser muito bem aproveitada. Você praticamente se apossou do dia dela e isso te fazia se sentir bem mal.

— "Tá' brincando? Foi incrível passar todo esse tempo com você, te ajudando, mesmo que pouco, a cuidar do futuro". - Disse baixinho com a voz cansada. Você sorriu, era incrível como ela conseguia ver aquele horror como um dia bom apenas por ter haver com você e o futuro.

— "É. Você vai salvar muita gente, Reyna. Meus parabéns". - Lentamente, moveu sua mão para a coxa da morena, acariciando delicadamente a área, sem qualquer segunda intenção. - "Além disso, merecia o prêmio de pessoa mais paciente do mundo, eu fui horrível naquele treino". - Comentou sobre seu desempenho.

— "Você foi muito bem para uma filha de Apolo". - Respondeu. - "Não que ser filha de Apolo mude alguma coisa". - Você riu.

— "Você sabe que muda". - Brincou, tirando uma risada gostosa de se ouvir da namorada.

— "É, eu sei". - Ela sorriu. - "Isso faz de você mais corajosa". - Ficou surpresa, Reyna mantinha o mesmo rosto calmo.

𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 // Reyna Avila Ramirez-ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora