𝖮𝗌 𝗏𝖺𝗅𝖾𝗌 𝖽𝗈 𝗆𝖾𝗎 𝖼𝗈𝗋𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈.
[ ... ]
O VENTO BATIA CONTRA OS CABELOS
de Reyna de uma forma deslumbrante, fazendo sua trança voar em conjunto com a capa roxa.A luz alaranjada do por do sol dava um contraste incrível para a pele dela, a mesma coisa com os olhos tão escuros quanto um buraco negro.
Enquanto caminhavam lado a lado, você se sentia muito bem. Okay, vocês não tinham aberto a boca para falar desde que saíram, mas era bom mesmo assim.
— "É muito ruim?". - Reyna quebrou o silêncio. Ela ainda não olhava para você, fixando toda a sua atenção em olhar onde os cães estavam indo.
— "O que é ruim?". - Você olhou-a sem pensar duas vezes.
— "Ser vidente. Apolo disse como se fosse a coisa mais horrível a se fazer, é tão ruim assim?". - Ela olhou para você, e que olhar. O peso de preocupação que sua voz carregava era tão bom de ser ouvido, saber que ela se importava.
— "Mais ou menos. É estranho. Tipo, eu sei de várias coisas, boas até ruins, e não posso compartilha-las com ninguém. Guardar o peso de uma profecia não é fácil, acho que é por isso que videntes costumam ficar loucos. Mas também é bom saber que, de certa forma, está ajudando. Na minha opinião, os campistas fazem valer a pena, mais do que as visões boas. Bom, depende da visão". - Foi completamente honesta com ela, principalmente na última parte. Os campistas era ótimos e melhoravam seu humor, mas não da mesma forma que Reyna fazia.
— "Parece ruim. Sabe, meu cargo me faz perder tempo, oportunidades, amigos, mas ainda tenho aqueles que posso confiar o suficiente para comentar sobre meus medos. De certa forma, me incomoda saber que vai carregar fardos sozinha para o resto da vida". - Ela parecia realmente triste com sua dor, como em uma tristeza compartilhada. Se permitiu sorrir timidamente.
— "É como Apolo disse, isso será meu talento ou minha maldição, quem vai decidi sou eu. Acho que os outros enlouqueceram porque viam como algo ruim, sabe, quando você tem uma ideia única de algo, meio que não dá pra' fugir dela. Acho que se eu tentar ver o lado bom, tenho menos chance de... você sabe, me jogar de um penhasco ou algo do tipo". - Compartilhou sua forma de pensar.
— "Não quero te desanimar nem nada, mas como você consegue enxergar o lado bom em algo tão ruim?". - Você riu com o comentário. Realmente, era difícil fazer o que fazia e, de certa forma, se sentia agradecida por ser reconhecida.
— "Tem horas que é bem difícil. Mas tudo tem um lado bom, inclusive isso".
— "E qual seria o lado bom disso?". - Abriu um sorriso, Reyna se deixou levar e fez o mesmo.
— "Bom, eu ganhei uma cama enorme". - Vocês riram. - "Eu tive novas experiências. Digo, a cama foi uma experiência incrível, mas eu pude fazer coisas que nunca faria e falar com pessoas que não falava a um tempo. E também pude caminhar com a minha pretora bonita". - Brincou. Ela balançou a cabeça em negação enquanto ria.
— "Então eu também sou um dos bons motivo?". - Seu tom carregava um pouco de convencimento.
— "É. Você definitivamente é um dos lados bons de tudo isso". - Pode ver sua feição surpresa. Ela provavelmente esperava alguma brincadeira. - "Fico muito feliz de tê-la como amiga. Parece estranho, eu não falaria com você se não fosse vidente".
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄 // Reyna Avila Ramirez-Arellano
FanfictionOnde Sophia Georgius, uma jovem problemática, descobre o motivo de nunca ter ouvido falar de seu pai e acaba parando em um acampamento romano sem graça. A natureza de Sophia não a impediria de quebrar algumas das regras severas do local, frequente...