Cap. 13

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Cap. 13

Um dia e meio mais tarde...

-George, Sr. e Sra. Black, suas crianças, Richard, Hanna, Cris e Jorge. Vocês, independente de onde estejam, vocês sempre serão nossa família, e sempre estarão em nossos corações.- Meu pai fala diante de todos que também choram.

 Um dia e meio mais cedo...

 Depois do tiro, Matt se aproxima de Victor e estende a mão, e logo puxada para um abraço.

-Vai ficar tudo bem, cara. – Diz Matt dando batidas nas costas de Victor, que até há pouco tempo parecia estar em choque.

-Valeu, mano. Acho melhor irmos para os carros.

 Vamos andando em direção aos carros, que estão, cerca de um quilômetro. Espera. Como assim “Os carros”?!

-Pai, vieram quantas pessoas? – Pergunto nos separando do pessoal.

-Em um carro: Matthew, Jack, David, Logan e eu. No outro estavam: Taylor, Isaac. – Fala o meu pai suspirando.

-Como assim Matthew? – Paro de andar e encaro o John.

-Querida, era um plano. Os três primeiros tiros simbolizavam que era a hora de entrar. O Matthew não foi encontrado por acaso, ele foi encontrado de propósito, e colocamos uma roupa própria para que ele conseguisse esconder as armas e uma faca. E sem contar que Victor ajudou muito contando. – Meu pai fala.

-Pai. – O chamo e abraço John. – Muito obrigada, por me salvar, sempre. Eu te amo muito, pai.

-Eu também, querida. – Ele beija a minha testa.

 Dou uma olhada para trás, e vejo Matt andando sozinho, vou até ele.

-Eu não mereço um beijo também, não? – Matt diz fazendo bico.

-Não, você foi uma vítima também, estava tão indefeso quanto eu. – Digo me fazendo de desentendida. Andamos abraçados.

-Não! Chloe na realidade... – Corto-o.

-Eu estava brincando, meu pai já me explicou. Falando nisso. – Comecei a bater em seu peito másculo. – Você me viu desesperada e nem para falar nada, seu filho da mãe! – Matt começa a rir. – Eu podia morrer de ataque do coração, sabia?! E. – O encaro, e cutuco o seu peito com a ponta do meu dedo. – Você seria o culpado. Juro que de noite eu te arrastava para o inferno junto comigo. – Ele engole seco.

-Lembra quando eu te disse que você seria uma péssima diabinha? Estou crendo que é mentira. – Ele franze o cenho e eu sorrio para ele.

-Veja pelo lado bom não vamos precisar fingir ter pureza. – Ele diz e faço uma careta.

-Não faço nada de errado. – Digo fazendo biquinho de santa, ele me rouba um beijo.

-Não, mesmo, santinha, não até agora. – Matt fala, até que somos interrompidos por uma besta.

-Porra, vocês nem me esperaram. Eu tava mijando. – Diz Jack e todos riem. – E você, princesinha. – Aponta para mim. – Está me devendo uma. Eu quero cerveja grátis todos os dias e minhas roupas limpas.

-Bom, a cerveja eu iria roubar mesmo, mas as roupas? Sonhe. – Digo e aperto mais o meu abraço envolta do Matt. – Você cheira muito bem. – Digo e ele sorri para mim. Que sorriso! Se você continuar sorrindo desse jeito, eu vou te agarrar aqui mesmo!

  Estávamos uns dez metros longe da casa, quando vemos Taylor dirigindo um dos carros e Logan dirigindo a Ranger. 

-Bom, chegou a nossa carona.  – Diz Matt.

-Finalmente! Quem estava dirigindo em marcha lenta?! – Reclamou Jack. – Foi você, não é loira? – Gritou e ela acelerou o carro para cima dele, e o mesmo deu um salto e caiu no chão.

   O resto do pessoal e eu gargalhamos muito. Após o “sustinho” em Jack, Taylor sai do carro.

-Loira maluca. – Diz ele se levantando e batendo em sua calça para tirar a sujeira.

 - Ela sabe? – Pergunto baixinho no ouvido de Matt e ele assente. Ela vem em nossa direção, me solto de Matt, e ela me abraça.

-Está tudo bem? – Ela pergunta e eu concordo com a cabeça.

-E você? - Pergunto, ela estava com suas roupas habituais, jeans e uma blusa qualquer.

-Ainda não. – Ela diz e vai andando em direção a casa. – Venha, aprecie o show. Eles não vão embora sem nós.

 Dou uma olha para Matt, ele me encoraja a ir, mas segue o seu caminho. Eu vou seguindo-a, ela parece bem decidida, mas também, percebo que ela está com muita raiva.

 Assim que ela chega perto do cadáver de Dylan, ela começa a chutar o corpo e a xingá-lo.

-Como eu queria ter uma câmera em uma hora dessas. – Ela diz e volta a chutá-lo, tem uma hora que ela segura a gola da camisa dele e começa a lhe dar socos. – Eu te traia às vezes mesmo, seu capacho. – Ela disse e eu arregalei os olhos. – Seu corno, isso que você é. Eu queria muito que você estivesse vivo para poder falar tudo isso na sua cara,e ver você implorar por perdão. – Socos e mais socos. – Você é, com certeza, um filho da puta, um corno, que nunca prestou para nada, e a única coisa que você deveria ter ganhado na vida, era o Oscar. Parabéns pela sua atuação. – Outro soco, e ela se aproxima do rosto sem expressão. – Só espero que queime no inferno. – E ela larga cadáver no chão.

 -Está melhor? – Pergunto segurando os seus braços.

-Estou muito melhor! – Ela diz sorrindo, sei que não é o seu sorriso verdadeiro. Apesar de tudo, ela gostava dele.

  Vamos para carros diferentes, no início da viagem começa a chover. Não tinha noção de que era tão longe assim. Estava perto de Matt, com a cabeça em seu ombro.

-Você merece um beijo sim. – Digo e beijo-o.

-Eu ia pegar depois de qualquer forma. – Ele diz brincando.

   A viagem de volta foi um silêncio total. Matt não conversa comigo direito, na realidade ninguém conversa, só existem uns múrmuros. Meu pai passa em outra cidade e abastece e pega algumas coisas com os outros. Logo começa a escurecer. Alguns zumbis apareceram, mas nada preocupante. Com o tempo eu acabo dormindo.

   Chegamos em casa tarde, vemos através das frestas da cortina e das sombras, que estão na sala, perto da lareira. Saímos do carro e fomos em direção à porta, está o maior silêncio. Devem ter posto as crianças pra dormir. Meu pai abre a porta desconfiado.

-Olá! – Ele diz, mas ninguém responde.

-Dá licença, Chloe. – Diz Matt, tomando a minha frente. Todos estão fora dos carros, uns acabaram de entrar na casa. Escutamos uns tiros e ficamos apreensivos.  

  Eu estou fora, junto com Taylor e outros, no sereno. Depois de um tempo de espera, Julie aparece da floresta, ela está com o pequeno Daniel no colo, e um dos filhos da Sra. Black. Julie chora desesperadamente. Pego Daniel no colo e Taylor pega o Pietro no colo. Julie avista o meu pai na frente da casa, ele está com uma cara pálida.

-Desculpa, eu... Eu... Eu não consegui evitar, eram muitos. – Ela corre em sua direção e o abraça.  

  Passo por eles, e entro na casa, assim que entro na sala o meu corpo congela. Matt e Jack estão abraçados e chorando. No sofá, se encontram o resto do grupo e todos mortos. Uns no chão, mas a maioria no sofá e mortos, com os cérebros perfurados, todos em estados deploráveis. Meu Deus! Como? Como?! Lágrimas saltam dos meus olhos. Eles eram como se fossem da minha família. Na parede está escrita com sangue.

-“Nem toda lealdade é retribuída.” – Dylan Stevens Terceiro Dallas.

 

 

 

 

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