Cap. 17

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Cap. 17
Acordo com o pequeno Daniel mexendo nos brinquedos, ele fica no mesmo quarto que eu agora, e tem uns brinquedinhos.
-Bom dia! - Ele disse alegre e me deu um beijo no rosto e eu sento na cama.
-Bom dia. - Levanto da cama e troco de roupa no banheiro. Ainda não tirei o de anel de compromisso. Prendo a respiração para não chorar novamente. Depois suspiro. Vejo meus olhos marejados. Lavo o rosto e desso a escada.
Assim que desso, vejo Julie vindo em minha direção, muito furiosa, a ponto de ver suas ruguinhas no rosto.
-Cadê o Jack?- Fala em um tom duro.
-Não sei. - Digo.
-Me responda! Onde está o Jack?- Ela puxa o meu braço.
-Já respondi! Dá para largar o meu braço?! - Esbravejo e ela me solta.
-Onde ele está?- Ela vocifera.
-Ele foi embora.- Digo.
-Por quê? Como assim?- Ela pergunta exasperada.
-Bom, ele não está aqui para responder isso. - Digo e ela me encara e se joga no sofá, passando a mão pelo rosto e depois começa a rir. - O que foi?- Ela começa a gargalhar.
-Ele vai voltar. Ele não vai conseguir ficar sozinho. - Julie levanta. - É só para chamar atenção. - E ela sai.
O quê? Ela está maluca? Tomo o meu café da manhã. Todos perguntam por Jack , Julie responde.
-Ele foi explorar um pouco o local. Logo ele volta.
Meio impossível de acontecer isso. Vejo que Victor deu um olhar de interrogação à ela.
-Chloe! - Taylor me cutuca.
- Oi. - Digo. - Está tudo bem?
-Sim. Tenho uma novidade para te contar. - Ela fala e me puxa para sair da mesa.
Estamos no seu quarto. Ela divide com a Shay. Sento-me em sua cama e ela me olha alegre e triste. Tiro os meus chinelos.
-O que aconteceu?- Pergunto fazendo perninha de índio, Taylor faz o mesmo. -Ai meu Deus! Não me diga que você está grávida?! - Falo horrorizada.
-Estou. - Ela fala seria.
-Você está louca?! Você está muito, mais muito ferrada. Meu Deus! É de quem?
-Chloe! Eu achei que você iria ficar feliz por mim! - Ela indignada.
-Nós estamos em um mundo onde só tem zumbi! Você não vai poder fazer pré-natal! E se a criança nascer... Espera. Quem é o pai?
-E... Hum... Logan. - Ela suspira.
-O QUÊ? - Prendo a respiração.
-Calma. É brincadeira.
-Sua vaca. - Digo e bato em sua perna e a mesma revida, só que com mais força. - Au!
-Voltando... Eu não estou grávida e... Ontem o Logan e eu, nós, transamos. - Ela suspira alegre.
-Que parte eu perdi?- Rio e a porta se abre com Shay entrando.
-O que você ouviu?- Perguntou Taylor séria. O rosto sério é como de uma serial killer.
-Calma. Eu ouvi o suficiente. Não vou contar para ninguém. - Shay fala, fazendo o símbolo de "Paz e amor" com os dedos e começa a mexer em sua mochila que estava do outro lado do quarto, perto da cômoda.
-Você nasceu aonde?- Perguntei.
-Nasci no Texas. - Ela fala.
-O que uma garota do Texas está fazendo em Helena?- Taylor perguntou.
-Eu nasci no Texas, mas meus pais se divorciaram e me mudei com o meu pai para aqui. Entendo a desconfiança, mas parem de achar que vou fazer o massacre da serra elétrica. - Ela fala e nós rimos.
Já passaram-se 15 dias desde que Jack foi embora. Julie falava tanto que ele iria voltar e eu estava quase acreditando. Hoje eles foram pegar suprimentos.
No dia seguinte, acordo com o falatório do pessoal. Levanto do colchonete. Vejo que ainda há pessoas dormindo envolta do ginásio. O dia está ensolarado, as janelas refletem um pouco do sol. Parece ser muito cedo. Vou em direção a porta do ginásio e abro-a.
Eu vejo o meu Matt. Meu coração acelera. Eu não acredito.
Ele estava com aquele lindo sorriso e suas roupas habituais. Por segundos, prendo a respiração, mas logo começo a correr em sua direção. Ele abre os braços e eu o abraço. Matt me roda. Encho o seu rosto de beijos.
-E-Eu tenho tantas coisas para te falar. Você não sabe o quanto senti sua falta. - Soluço.
-Eu também senti tanta a sua falta. - Ele aperta o abraço. - Meu amor, isso tudo é saudades de ontem? - Matt dá um sorriso de lado. Oi?
-Como assim?-Falo e me solto dele. - Eu não te vejo faz uns 20 dias.
-Não. Eu te vi ontem.- Ele fala como se estivesse explicando para uma criança.
- Não.Nós tínhamos ido para Helena! V-vocês tinham se acidentado! Você e o meu pai estavam mortos! Ou acreditava nisso.
-Meu amor, nós ainda estamos no ginásio. Nós íamos para Helena ontem, mas começou a chover muito e voltamos para o ginásio. Só que você já tinha dormido e eu te coloquei na cama. Decidimos ir hoje, depois do café da manhã. - Ele me puxa para o abraço novamente. - Chloe, foi só um sonho. - Matt beija o topo da minha cabeça e o abraço de volta.
-Está mais para pesadelo. Foi horrível. - Me enfio mais nos seus braços. - Eu te amo tanto.
-Eu também. - Ele me beija.
Pouco a pouco as pessoas vão acordando, e Matt e eu continuamos abraçados. Tomamos o café da manhã.
-Pessoal, todos vão nos mesmos carros de que decidimos ontem. - Meu pai fala em meio as pessoas . - Vamos, vamos. Hoje, nenhuma chuva nos atrapalhará.
-Pelo visto, vamos nos separar agora.- Matt fala no meu ouvido e gelo. Não mesmo!
-Nada disso! Vou falar com o meu pai, você sempre foi comigo e hoje também. - Falo.
Meu pai estava enfrente a caminhonete, assim que me vê, ele sorri e eu retribui o sorriso.
-Pai, o Matt vai no mesmo carro que eu, certo? - Falo e o abraço.
-Chloe.- Ele fala rígido. - Eu já fiz a separação das pessoas. Não vou mudar.
-Pai! Eu não entendo isso. Poxa, ele é o meu namorado. Por que essa desconfiança? - Me separo dele. Ele fica sério por um tempo. - Não confia na educação que a minha mãe me deu? - Charles sorri e diz:
-Tem razão. Ok. Pode ir juntos. Porém, tenha juízo.
Não vai se repetir o acidente. Boa parte das pessoas estavam nos carros. Estava puxando Matt para o carro que iríamos.
-Eu convenci o meu pai. - Digo orgulhosa e ele para por segundos, e puxo-o - O que foi?
-Nada.- Chegamos no carro, em que o Victor ia dirigir. Ele abre a porta e eu sento na ponta e me viro de lado. Matt ainda estava fora do carro.
Nos beijamos e ele me empurra. Oi?
-Isso não é real!- Ele fala e agarra os meus pulsos. - ISSO NÃO É REAL! ISSO NÃO É REAL! ISSO NÃO É REAL! ACORDA, CHLOE.
Fecho os meus olhos e balançar a cabeça.
-Acorda, Chloe. - Fala uma vozinha infantil e abro os olhos. Estava ofegante. Olho ao meu redor, estava no quarto e Daniel com uma cara de desesperado. Estamos em Helena. - Era só um sonho.
Abraço-o igual um urso e começo a chorar. Por que não era real? Por quê?! A dor me invade.
Naquele dia, não sai do quarto para nada, nem mesmo para comer. Queria ficar sozinha.
De noite, o pequeno Daniel entra no quarto e pergunta.
-Chloe, faz quantos dias que o tio Jack sumiu? - Ele se sentou na cama.
-Uns 15 dias. Por quê? - Ele foi até a sua mochila do Ben 10 e pegou uma carta. - Ele pediu para te entregar quando fizesse - Ele mostrou 7 dedinhos. - Que ele foi embora. Mas eu esqueci. - Daniel me entrega a carta e lhe dou um meio sorriso.
Abro a carta, que incrivelmente está em uma letra legível.

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