Cap. 9
Estamos cercados. Cercados! Alguns saíram da mata, outros da casa.
-Jack! Desce logo daí! – Gritou Matt, que enfrentava três zumbis. Nós estávamos de costas uma para o outro.
Estávamos dando conta do que tinha por perto, mas outros se aproximavam e não íamos conseguir. O medo me dominava. Eu queria gritar por socorro. Queria gritar pelo meu pai. Meio criança isso. Juro que vi pela minha visão periférica uma flecha ser atirada. Não pude perder tempo com isso. Logo tive que matar outro zumbi.
Fomos apelando para as armas. Jack começa a atirar do telhado. E eu tendo sobreviver a esses ambulantes. Subi em cima de um zumbi morto, o que foi um erro, porque eu escorreguei e cai no chão, torcendo o tornozelo. O problema é que a bosta do zumbi vem me atacar e eu fico segurando seus braços afastados de mim. Gotas de sangue escorrem pela boca do ambulante. Ele tem muita força. Eu fecho os meus olhos e tento o manter mais afastado possível e uma flecha perfura sua cabeça. Sinto-me aliviada. Levanto com dificuldade. Jack está me dando cobertura, atirando.
Peguei a arma e saí atirando. Foi tudo bem difícil. A quantidade tinha diminuído, mas tivemos que apelar e correr. Jack foi obrigado a descer, e demos cobertura. E começamos a correr. O problema disso tudo é que eu estava mancando. O meu tornozelo doía muito.
-Vamos logo, Chloe! – Disse Matt.
-Não dá. Tá doendo. – Digo e ele vem na minha direção e me coloca em suas costas.
Ele começa a correr, mas logo diminui a velocidade. Depois de um tempo, estávamos longe o suficiente, paramos para descansar.
-Vamos. É melhor chegarmos antes do anoitecer. – Diz Matt, se virando para que subisse em suas costas.
-Acho que já posso andar. –Digo.
-Mas isso iria atrapalhar, coisinha. –Jack diz. – O escute por uma vez.
Era até bem confortável ficar nas costas de Matt, mas estava com pena dele. Depois de uma hora de caminhada, nós estávamos perto do acampamento. Eu estava meio fraca. Todos estavam, não comíamos nada há um bom tempo. Não sei o que houve. Só houve um apagão.
Abri de leve os olhos. Soltei um suspiro, olhei para o lado, recebia um soro. É. Estava na ala medicinal. Depois de me esticar, eu sentei na cama. O pé tava com uma tala. Meu pai entrou na tenda, ele me olhou serio.
-Olha. Não vou dizer nada. Porque tem alguém lá fora que vai te dar um sermão maior, mocinha.
Isso me assusta. Mas logo entra Matt. E me alivia.
-Bom. Agora podemos conversar. – Ele diz e se senta em uma cadeira a minha frente. Engulo seco. – O que você pensava que podia fazer em ir?
-É... Eu achava que podia te proteger...
-Meu Deus! Nós tínhamos conversado isso mil vezes. Eu sei me defender e você sabe disso.
-Eu sei, mas podia acontecer algo e eu podia impedir.
-Você só ia atrapalhar. Desculpa. Mas você sabe disso.
-Eu sei. Mas...
-Nada de “mas”. Eu não quero que fique fazendo coisas suicidas. Eu não quero lidar com nenhuma morte.
-Eu só queria te proteger.
-Eu não quero sofrer por alguém que não está se importando com a própria vida. Na realidade. Eu não quero que você morra, não quero sofrer.
-Desculpa. Mas eu...
-Mas nada. Se fizer mais algo suicida eu não respondo por mim.
-Como assim?
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Como sobreviver?
RandomAtenção!!! Plágio é crime. Todas as adolescentes sonham em ter aquela vida perfeita, onde se tem o príncipe encantado, ou simplesmente aquela vida rebelde de beber todos finais de semana. Chloe, tenta viver uma vida normal em um Apocalipse zumbi...