Cap 7

220 14 0
                                    

Cap. 7

 O tempo em que fiquei presa no quarto, o observei bem. Ele era azul, tinha um armário ao meu lado esquerdo, uma TV de plasma a minha frente (ao lado da porta), a porta era branca com uma cômoda grande antiga, os móveis eram antigos.

  Eles ainda não haviam voltado. Soltei um grande suspiro.

-Eu preciso de férias!

  Em um momento dei um pulo da cama que rangeu. Estavam empurrando à cômoda! Quer dizer a porta. Provavelmente havia uma grande quantidade de zumbis empurrando a porta. Devem ter sentido o meu cheiro. Não... A idiota aqui falou e ao mesmo tempo fiz barulho com a cama! Não entre em pânico. Não entre em pânico. Abriu uma brecha na porta e uma mão podre apareceu e arranhava a parede. Tentei fazer a coisa mais racional possível. Peguei uma faca do meu cinto e fui até a brecha. Pela brecha dava para ver o ambulante. Ele tinha um furo na bochecha estragada e os dentes estragados.

  Tinham vários grunhidos. Não dava para ver se tinham mais, mais pelos sons, deu para perceber que sim. Mirei a faca em sua cabeça. Não que seja uma pessoa boa de mira, mais estava perto demais para não acertar. A faca atingiu seu cérebro, nisso que fui tentar pegá-la de novo pela brecha outra mão de zumbi apareceu. Dei um gritinho. Dei um passo para trás e peguei outra faca. Segurei no pulso do zumbi, que estava aparecendo o cotovelo, peguei a faca do meu cinto novamente e comecei a cortar desde o início do braço que aparecia. Engoli seco. Deu uma forte vontade de vomita, porém segurei. O que facilitou o trabalho foi o fato do braço já estar podre. Assim que terminei de cortar, empurrei a porta e depois a cômoda, para impedir que precise cortar outro braço.   

 Sentei de volta na cama devagar, tentando fazer o mínimo barulho possível. Depois de um tempo cansei e fiquei deitada (quanto tempo não deito em algo tão macio?) e acabei por dar um cochilo. Acordei com alguém abrindo a janela. Percebi que já era a noite.

-Como foi? – Perguntei. – Conseguiram? – E logo entrou Jack pela janela.

-Já me viu não conseguindo alguma coisa, garota? Não sou imprestável. – Ele responde grosso.

-Cala a boca! – Resmungo.

-Dá para pararem! – Matt entra com a bolsa de armas. – Vocês não conseguem ficarem cinco minutos sem se matarem?

-Como foi? – Ignorei o que Matt disse.

-Hanna está morta. Tenho até a cabeça dela lá fora! Ah tadinha da sua amiguinha! – Jack disse com deboche.

-Jack, tudo tem um limite. – Matt o repreendeu (Continua! Continua!). – Na realidade só achamos a bolsa esparramada em um dos quartos.

-E por que demoraram? – Perguntei.

-Já vai controlar?- “Afirma” Jack.

-Porque tivemos que procurar de quarto em quarto. E não a achamos, além disso, perdemos um tempo tentando pegar as armas e sobreviver dos zumbis.  – Matt respondeu ignorando a pergunta de Jack.

-Como vamos sair? – Perguntei.

-Voando, quer a vassoura? – Jack provocou e joguei a almofada na cara dele.

-Vamos falar mais baixo! – sussurrou Matt. – Vamos dormir aqui e assim que acordarmos vamos descer pelo telhado e tentarmos fazer o menor barulho possível. Provavelmente teremos imprevistos, nós vamos nos defender e sair correndo. Quando tivermos um pouco longe, podemos ter uma caminhada normal até o acampamento.

-É melhor irmos dormir. – Jack disse. Ele puxou a cama que fica em baixo da minha tentando fazer o menor som possível e deitou. Uns 15 minutos depois ele já estava em sono profundo.

-Você também deveria dormir. – Matt diz serio.

-Você não vem dormir? – Pergunto.

-Acho que vou ficar no chão. – Ele diz.

-Não tem necessidade! – Afirmo.

-Ok. – Ele estava tentando me dar um gelo.

  Ele deitou de costas para mim. Eu sei que ele estava chateado comigo. Então decidi virar e abraçá-lo. O senti rígido, mas depois relaxou.

  Eu estava correndo. Correndo em meia praia deserta. Havia zumbis atrás de mim. Até que entrei na água. A minha velocidade diminuiu. Eles continuava atrás de mim, a minha vontade era de gritar. Mas nada saía. A água estava batendo na minha cintura e estava basicamente tentando correr. Um zumbi ia morder meu braço, quando a areia afunda.

 -Preparados? – Jack disse, assim que acordei ofegante.

Como sobreviver?Onde histórias criam vida. Descubra agora