Entre Dixon's - {Merle Dixon}•Reescrevendo•

Capítulo 4-Parte{2}

Merle D.

Passei um mês me aproximando dela, e a cada dia vejo o quão incrível ela é.

Amabell é um anjo na terra, mesmo sendo fria as vezes ela é bem carinhosa, sempre tá rindo das piadas que eu faço, e me dá conselhos valiosos.

Eu tava frequentando bastante o hospital, no começo foi apenas para ver se tava tudo certo com o remendo que a Doc me fez, mas depois fui com pequenas desculpas, quase todas verdadeiras, e a Ester tem me apoiado bastante, ela se tornou uma amiga nesse mês, junto com a Amanda outra enfermeira que trabalhava com a Amabell.

Essa semana eu tomei coragem para chamar ela para sair, e ainda bem ela aceitou, hoje eu tô me arrumando para ir buscar ela.

—Daryl já tô saindo, não sei que horas eu vou volta.— Digo me arrumando no espelho pela décima vez.

—Vai com o cabelo assim?— Daryl sai da cozinha com uma cerveja na mão.

—O que tem com o meu cabelo?.

—Ele todo bagunçado.— Sem esperar minha resposta ele vai no banheiro e pega um gel, e me entrega.— Pelo menos põe ele para traz.

Faço o que ele falou, e me senti ridículo assim que me olhei no espelho, mas eu não tinha tempo para isso, olho o relógio na parede da entrada e vejo que já estou atrasado.
Pego a chave da camionete, que por sinal limpei até sentir o dedo arder.
Sei que ela já esteve lá, mas não custa nada limpar ela um pouquinho para um dia "especial".

Entro no carro e já o manobro, tirando da garagem e rapidinho paro em frente a casa dela, me olho na janela novamente arrumando a jaqueta, logo tocando a campainha dela. Não demora muito para escutar ela descendo as escadas.

E eu vejo que mesmo sendo uma casa próxima a minha, o mundo dela é completamente diferente, é uma casinha de tijolos, tem um reboco liso pintado de verde musgo. Além da porta ser um carvalho escuro dando contraste, e diferente da minha a entrada é bem cuidada, com flores pela pequena varanda e pelo quintal.

Saio dos meus desvaneios quando vejo a porta sendo aberta. Ela tava ali na minha frente, mas parecia um anjo que eu nunca deveria tocar, usava um vestido amarelo florido que ficava perfeito na pele bronze, e os cabelos cacheados negros como a noite soltos contornando seu rosto e ombros. Fico viajando até ver que ela também me olhando.

—Tá ridículo, né?.— falo meio envergonhado por ter me emperequetado tanto.

—Não, está fofo.— Ela se aproxima de mim passando a mão pelo contorno do meu cabelo com gel.— Só que eu prefiro seu cabelo assim.— ela fala bagunçando um pouco o meu cabelo, e não consigo evitar de sorri.

—Foi ideia do Darlynda.— Ela me olha com uma cara confusa, então resolvo explicar.— Daryl, mas vamos deixar isso de lado, temos uma noite ocupada hoje.

Abro espaço para ela passa, mas antes de ir ela fecho a porta em seguida a trancando, enquanto ela faz isso eu olho suas costas e quadris que estavam modelados perfeitamente pelo vestido. Balança a cabeça afastando esses pensamentos, e estendo a mão a ela para a ajuda a descer as escadinhas da varanda levando-a até a camionete já conhecida.

Ela olhava a camionete devia tá estranhando já que não tinha mais a imundície de antes, e assim que eu fecha a porta dela eu vou para o lado do motorista.

—Espero que você goste de filme, Leo me indicou alguns filmes que estão em estreia no cinema local.

—Nem me lembro da última vez que fui no cinema.— Quando ela fala isso vejo um brilho em seus olhos.