Se algo acontecer com ela...

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POV Lauana

A filhote da empresariazinha sem graça me deu muito trabalho. Que ódio.

Ela e a namoradinha lutaram cada segundo.

Ainda bem que eu levei Payne e Horan , meus capangas, porque aquelas duas são osso duro de roer.

A filhote da loira sem sal deu uma cabeçada que tirou sangue da boca do Payne e a namoradinha dela deu uma mordida na mão de Horan.

-Eu continuo não achando certo Lauana, são só garotas. - Disse Payne, com sua síndrome de culpa.

-Cala a boca Payne. - Respondeu Horan. - Eu bem podia tirar proveito disso.

Payne olhou horrorizado.

-Ninguém vai tocar nessas duas. Só eu. - Digo irritada.

Olho pras duas amarradas e amordaçada, tive que fazer isso, as duas não paravam de brigar e nem calavam a boca.

Peguei meu estilete, era minha arma favorita. Muita dor, muito sangue e pouco trabalho.

Parei em frente a namoradinha, Aline.

Tenho que dar o crédito pra essas gurias, não se encolheram de medo nem uma vez.

-Você não precisava tá aqui Aline. Eu só queria essa pirralha do seu lado, mas você insistiu em defender ela. Agora vocês duas estão na minha mão. - Me abaixei ficando próxima a ela. - Um sofrimento desnecessário o seu.

Ergui o estilete em frente ao rosto pra que ela visse, ela não recuou um milímetro sequer.

Mal notei a sola de sapato vindo na minha direção. Senti a pancada forte no rosto e tombei pro lado.

Payne ria de se acabar, a pirralha tinha me dado um chute no rosto, que agora tava ardendo.

Me levantei e dei um tapa no rosto da garota que a derrubou no chão.

Encostei o estilete em sua bochecha, apertando o suficiente pra ela sentir o fio, mas não o bastante pra cortá-la.

-A sua sorte é que é a sua mãe que eu quero machucar. Mas se me bater de novo, vou quebrar cada osso do seu corpo com um martelo pra você aprender a nunca mais encostar em mim, entendeu?

Pela primeira vez, vi medo nos olhos da garota, o que me deu um estranho prazer.

Levantei e fui até os rapazes.

-Tirem essas duas da minha frente.

Eles obedeceram rapidamente.

**

POV Maraisa

Estávamos todos reunidos na casa de Marilia absolutamente todos.

Maiara, Lari, Demi, Verô, Marcela, Ruth e Luiza

Alguns conhecidos de Camila,
Alguns meus como meus irmãos e meus pais.

Diana chorava segurando o papel onde Carol havia imprimido a foto das meninas amarradas. Ruth estava ao seu lado também chorando.

Marilia não chorava, mas andava de um lado pro outro se abraçando.

Isso nunca podia ter acontecido. Depois que tudo acabar, Marília vai ter ódio de mim.

Diana veio até mim.

-Se algo acontecer com ela... - Seus soluços a impediam de prosseguir, mas dava pra sentir a ameaça por trás das palavras.

-A culpa não é dela Diana. - Disse Lari.

Diana se sentou, mas ela estava certa. A culpa era minha sim, totalmente minha.

O desespero me dominava, logo eu estava também andando de um lado pro outro.

Eu queria fazer alguma coisa, ir até as meninas e tirar elas das mãos de Lauana.

Carol entrou sem bater na porta, as últimas horas tinham sido assim, ela entrando e saindo o tempo todo.

-Muito bem, consegui as imagens. - Disse pra todos presentes ouvirem. - Lauana teve a ajuda de dois capangas, que já identificamos.  Payne e Horan.

-Você disse  Horan? - Perguntou Harry amigo de Marília.

-Sim, você conhece? - Perguntou Carol.

-É meu meio irmão. - Ele olhou aflito pra Marília - Ele fez muita besteira na vida, se sentia rejeitado por nosso pai. Eu nunca imaginei que ele seria capaz de machucar garotas.
Marilia nada disse.

-Bom. - Continuou Carol. - Eles foram pra essa direção, - apontou no mapa - mas entraram numa estrada mais ou menos aqui. - Apontou novamente. - Só que ninguém sabe o que tem por aqui.

-Eu sei. - Disse Marcela. - É uma antiga fazenda abandonada, propriedade do governo. - Todos olharam pra ela. - Gravei umas cenas lá no meu último filme.

-O que tem nessa fazenda? - Perguntou Carol.

-Dois galpões, a casa e muito mato em volta.

-Ideal pra uma fuga.

-O que estamos esperando? - Perguntou Eliza que trabalha na equipe da Carol. - Vamos logo.

-Não. - Disse Marília que até então estava calada. - Ela disse que se a polícia aparecer ela vai matar as meninas.

-Temos que chegar em silêncio. - Disse Eliza,parceira de Carol.

-Você tem razão. - Disse Carol. - Mas ela quer só Maraisa e Mário lá. O ideal é elas irem na frente, de carro, sozinhas. Nós vamos deixar os carros um quilômetro e meio antes, e vamos seguir as duas a pé.

-E depois? - Perguntou Diana.

-O principal é libertar as garotas e prender Lauana. - Disse Carol.

-O que sobrar dela. - Disse Marilia - Porque eu vou matar aquela lunática com minhas próprias mãos.

-Nesse caso é melhor você ficar aqui. - Disse Carol. - A Lauana tá armada e é perigosa. Ninguém vai se expor sem necessidade.

Marília caminhou calmamente até Carol, parou a centímetro dela, quase encostando nariz a nariz.

-É a minha filha que tá lá. Eu vou e você não vai me impedir. - Na sua calma fria, Marília parecia cem vezes maior do que é, mil vezes mais fria e um milhão de vezes mais perigosa.

Carol provavelmente não esperava por isso.

Ela coçou a cabeça e olhou todos os presentes.

-A gente precisa de um plano então. - Disse conformada.

-Eu tenho um. - Disse Eliza. - É a Maraisa que ela quer, e Marília. As duas devem ir no carro, como você disse. Com coletes a prova de bala por baixo da roupa. Nós seguimos a pé atrás, armadas. Fazemos o cerco enquanto as duas entram, elas tem que primeiro tirar as meninas de lá. Assim que elas saírem a gente pega os capangas, que vão estar de guarda e depois prendemos Lauana.

-Eu não vou ficar aqui. Minha filha tá lá também. - Disse Diana.

-Então você fica no carro, encarregada de levar as meninas embora. - Disse Eliza.

-Nem pensar, eu entro também.

-Eu também quero ir. - Disse Harry. - Talvez eu convença meu irmão a soltar elas.

-Não. - Disse Carol.- Vamos seguir o plano de Eliza, Diana você vem no nosso carro e vai ficar nele.

-Então vamos. Hoje a gente pega essa psicopata. - Disse Eliza.

A PROFESSORA DA MINHA FILHA.Onde histórias criam vida. Descubra agora