semana do dia dos pais.

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POV Maraisa

Eu fui espumando pra casa. Como é que Marcela podia ter convidado alguém tão arrogante pra sua festa?

A mulher sequer me deu tempo de me desculpar e já veio me atacando.

Arrogante metida a besta. O pior de tudo foi Marcela me dizendo no meu ouvido que eu não deveria brigar com uma mulher como aquelas.

Me desculpei mesmo depois de tudo o que aquela prepotente falou só por respeito a minha amiga.

O pior de tudo é que meu olhar havia se cruzado com o daquela arrogante. Os olhos eram castanho chocolate, um olhar intenso, diferente. Ela também era bem gostosa pra ser sincera. Balancei a cabeça querendo afastar as imagens das curvas daquela mulher da minha cabeça.

Foi uma má ideia. Eu havia bebido demais depois da discussão com a gostosa, dormido no sofá da casa de Marcela e o simples gesto de balançar a cabeça fez tudo rodar.

Verônica estava do meu lado, no banco de trás do táxi que ela chamou, que nos levaria pro apartamento dela.

-Você vai se sentir melhor quando tomar um bom café. - Disse Vero.

-Como você não tá de ressaca?

-Maraisa, eu bebo todo fim de semana, meu cérebro já tá calejado de bebida, nem dá ressaca mais.

Dou uma leve risada, o que também é uma má ideia.

-Porque eu não posso ir pra minha casa? - Digo fazendo careta.

-Você pode, mas eu não quero. Me faz companhia hoje por favor vai.

-Posso saber porque da carência? Você não saiu toda saltitante do quarto de Marcela hoje de manhã?

-Saí, mas...

Olhei Vero e ela parecia encabulada.

-O que foi Vero?

- Marcela vai fazer um papel importante no novo filme, personagem principal.

-Isso é ótimo.

-Não, não é. Mara a Marcela vai fazer par romântico com o Henrique.

O ânimo de Vero parecia lá embaixo.

-Você tá com ciúmes né? - Ela fez um gesto afirmativo com a cabeça. - É o trabalho dela Vero.

-Eu sei. Mas se pelo menos ela assumisse nosso...

-Nosso o que? - Perguntei com um sorriso.

-Lance.

-Porque ela não assume?

-Diz que não quer ninguém fuçando nossa vida, mas eu acho que Marcela não me leva tão a sério quanto eu levo ela.

Era difícil ver Vero assim. Na nossa adolescência Vero era a garota mais cafajeste do mundo, pegando todas que quisessem meia hora no banco de trás do seu carro.

Mas quando se envolveu com Marcela as coisas mudaram. A verdade é que Vero passou a vida querendo ter uma chance com a menina por quem sempre foi apaixonada, mas Marcela não conseguia confiar na garota com fama de pegadora, e no fundo eu desconfio que ela ainda não consegue confiar.

Chegamos a casa de Verônica, uma bela construção no estilo colonial, pintada de um verde bonito por fora, belamente decorado por dentro com móveis arrojados.

A casa tinha um jardim bem cuidado e uma área de lazer com piscina e churrasqueira.

Vero tinha herdado essa casa dos pais e conservava ela da melhor maneira possível.

A PROFESSORA DA MINHA FILHA.Onde histórias criam vida. Descubra agora