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Ele acordou com uma puta dor de cabeça depois de 3 garrafas de vinho

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Ele acordou com uma puta dor de cabeça depois de 3 garrafas de vinho. Tomou um banho gelado, e tentou afastar as memórias. Pediu que trocassem os lençóis do quarto. Tudo. Fronhas, travesseiros, edredons.

O cheiro dela realmente tinha se impregnado em tudo. Ele precisava reagir. Não poderia sair por baixo pela segunda vez seguida. A viagem estava acabando, e amanhã eles voltariam para o Rio de Janeiro. Então, a tortura estava chegando ao fim.

Ele terminou de se arrumar, e saiu do quarto com a maleta pendurada cima do ombro direito. Colocou o óculos de sol no rosto, entrou no carro, ouvindo música. Passou a trocar a música do celular para o som do carro, quando ouviu alguém tentando entrar no carro com ele.
Levantou o olhar e a viu. Sentiu seu coração parar por uns segundos, imaginando se ela tinha ouvido tudo que ele tinha dito. Ele não sabia nem o que foi que disse, e o que tinha sido sonho. Se convenceu de que ela estava dormindo e não ouviu nada, para conseguir seguir adiante.

Ela bateu com as unhas no vidro.

- Abre! - Mandou.

Ele piscou, voltando para a realidade, e apertou o botão do tesla que destrancava a porta.
Assistiu enquanto ela entrava com a bolsa dentro do carro, pronta para ir pra empresa.

Ele assistiu enquanto o cabelo todo dela foi para o lado, deixando à mostra uma marca do que ele havia causado. Engoliu a seco, sem saber direito se comentava ou não.

- Bom dia. - Ela disse, entregando um café na mão dele. - Preto, dois cubos de açúcar, um toque de baunilha.

- Como você sabe o que eu.. Quer dizer, eu não coloco baunilha no meu café.

Ela assentiu, fingindo que ouvia o que ele dizia.

- Você vai começar a colocar assim que experimentar.. - Sussurrou enquanto ele tomava um gole.

- Meu Deus, isso tá uma delícia! - Ele se surpreendeu, e logo tomou outro gole.

Heloísa riu baixo, mordendo o lábio inferior. Ele deixou o copo de café no porta copos que dividia o banco dele do dela.

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