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Ele a levou para jantar. Flertou a noite toda. A olhava como se ela estivesse nua por debaixo daquele vestido, e imaginava tudo que iria fazer com ela assim que chegassem no hotel.

- Não sabia que você tinha uma irmã. - Ela cruzou as pernas, tentando conter tamanho o tesão por ele. Os olhos dele estavam seu decote. Ele não parava de passar a língua pelo lábio inferior, e a junção desses dois sinais físicos estavam causando algo nela.

- Tenho, um irmão e uma irmã.

- E você é o mais velho dos três filhos?

- Sim. Você vai adorar minha irmã. Ela é a segunda pessoa mais irritante do planeta.

- A primeira...? - Ela o encarou.

- Acertou em cheio, doutora. Ninguém me tira do sério como você.

O garçom passou, enchendo a taça deles mais uma vez, enquanto ela gargalhava.

- Você com certeza vai conhecê-los. Quando chegarmos e finalmente um de nós dois tivermos o sobrenome na parede, eles com certeza vão dar um jeito de se enfiarem na festa de confraternização. - Stenio riu leve. -1 Eles são péssimos.

- Aposto que são melhores que você. - Ela provocou.

- Ah. Ninguém é melhor que eu, posso te garantir isso. Você já sabe. - Ele deu um sorrisinho divertido.

- O que você tá fazendo, Stenio? - Ela murmurou, perdida. - Eu sinceramente..

- Quer uma sobremesa, ou posso pedir a conta? - Ele endireitou o corpo, ignorando o que ela estava dizendo.

Ela suspirou, vencida. Observou enquanto ele pedia a conta e pagava, enquanto se levantou e foi passeando pelo The View, literalmente admirando a vista e tirando fotos.

- Vamos? - A voz dele a tirou de seus devaneios.

Ela olhou aquele homem que oferecia seu braço para tirá-la dali. Sabia que estava se apaixonando, e por isso queria se afastar dele com a maior rapidez possível. Assentiu, a contragosto, e pegou seu braço.

Stenio a levou até o carro, e a encostou ali. Beijou sua boca, de língua, bem devagar. Ela rejeitou a princípio, mas aos poucos foi cedendo. Correspondia passionalmente, chupando a língua dele devagar.

Ela riu baixo, se segurando no terno dele, enquanto escondia o rosto em seu pescoço.

Recebeu uma série de selinhos dele.

Ele abriu a porta para que ela entrasse, e ela o fez. Deu a volta no carro, e se enfiou no banco do motorista. Passou a dirigir pela cidade, depois de ligar o som. She will be loved tocava. Os olhos dela sempre brilhavam ao passarem pela árvore recém montada no Rockfeller Center.

- Não sou muito fã do Natal. - Ele comentou, casualmente.

- O que te incomoda? - Ela estranhou. - Não gosta de ficar com a família, ganhar presente e comer comida boa? - Ela perguntava, genuinamente ofendida. - Seu monstro!!

Ele gargalhou.

- Não preciso de data pra dar presentes pra quem eu amo.

Ela revirou os olhos.

- Será que eu consigo imitar essa árvore na minha casa? - Ela se perguntou, olhando pela janela. - É a coisa mais linda que eu já vi na vida.

Pegou o celular e tirou uma foto.

- Ainda bem que nós já vamos voltar. Mais um pouco e essa cidade vai ficar o próprio caos na Terra. - Comentou, por já ser novembro.


Ela tentou colocar o cartão na porta, mas o visor da trava dizia que estava bloqueado. Stenio, no entanto, conseguiu abrir a porta de seu quarto.

- Suas coisas estão aqui. - Disse ele, acendendo a luz.

- As minhas coisas.. O que? - Ela estranhou. - Entrou no quarto dele e mexeu nas malas, vendo que realmente todos seus pertences estavam ali.

Ele discou o número da recepção, depois de deixar o terno na poltrona da sala. Arregaçou as mangas, afrouxou a gravata, e tirou a camisa de dentro da calça social.

- Estão dizendo que sua reserva só ia até o meio-dia. Como você não fez checkout e sabiam que estávamos juntos.. Eles colocaram suas coisas aqui. Um casal já ocupou o seu quarto..

- Vê se tem outro quarto pra mim. - Ela pediu.

Ele, em vão, perguntou, já sabendo que todos estavam ocupados. O hotel estava lotado, por ser temporada. Olhou para ela, balançando a cabeça negativamente.

- Okay! Thanks. Bye! - Ele desligou.

- Eu vou matar a Olivia.

- Relaxa. Não é nada demais, ela deve ter se confundido com as datas, ou com os horários. Pensa pelo lado bom, a confusão só veio no último dia.

Heloísa cerrou os olhos ao vê-lo tão calmo.

- Isso é coisa sua. Você armou tudo isso. Eu tenho certeza.

Ele passou a gargalhar, se aproximando dela.

- EU? Por que você só pensa o pior de mim?

Ela dava passos para trás a medida que ele se aproximava.

- Porque você é um sem noção. Você.. Faz tudo errado. É a sua cara fazer tudo isso, toda essa ceninha, só pra me fazer sentir que não tenho outro lugar pra passar a noite que não seja sua cama.

- Ai. - Ele fez uma carinha de dor, colocando a mão no próprio peito, em cima do coração. - Assim você me ofende. Muito pelo contrário. Eu adoraria que você tivesse muitas opções de lugares pra passar a noite.. E ainda assim, no final das contas, escolhesse passar na minha cama.

Ele sussurrou contra a boca dela.

- Eu não vou ficar com você de novo. - Ela o encarou.

- Ah, não vai? - Ele devolveu o olhar na mesma intensidade.

- Não vou.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Última chance.

- Não. Vou. - Ela falou, pausadamente.

- Teimosa. - Ele riu, sem acreditar.

- Sou mesmo.

- Orgulhosa!

- Sim, sou. - Ela cruzou os braços, assentindo.

- Gostosa. - Disse mordendo o lábio depois de um sorrisinho malicioso. - Linda. - Ele continuou a elogiar, e ela se desmontou por inteiro, sem saber muito bem como reagir, muito menos o que falar. - Cheirosa. - Ele se animou, por vê-la abaixar a guarda.

Assistia enquanto ela balançava a cabeça negativamente. Heloísa o puxou pela nuca, beijando sua boca quase desesperadamente.

E ele, correspondeu. Conseguindo finalmente o que queria.

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suit and tieOnde histórias criam vida. Descubra agora