- Eu to bem? - Stenio perguntou para a mãe, enquanto ajeitava a gravata na frente do espelho.
A senhora baixinha e simpática ajeitou o terno dele, alinhando, e depois passando a mão pelo cabelo dele. Ele odiava que tocassem no cabelo dele, então desviou. Se lembrou que era sua mãe, e respirou fundo, tentando não ser grosso com ela.
- Tá perfeito meu querido. - Eliza disse sorridente, se juntando ao marido, Paulo, que estava logo ali.
- Sejam simpáticos! - Ele pediu.
- Claro! A noite é sua.
Ele se virou para os irmãos.
- E vocês dois, sem gracinha. Isso aqui não é a um almoço de domingo, é serio. É meu trabalho.
Fernanda olhou para o irmão, Gael, que revirou os olhos e concordou.
- Certo. Vamos lá.
Entraram no casarão que havia sido alugado para a festa. Diversos clientes, amigos de clientes, amigos de Dante, do falecido Guerra, e amigos dos funcionários do escritório estavam ali. A festa tinha mais do que 300 pessoas, no total.
Ele se surpreendeu com a grande quantidade de gente, e levou os familiares até a mesa reservada para eles. Logo caçou Dante em meio a multidão, que foi cumprimentar os familiares. Stenio pediu que ficassem a vontade, e foi socializando com o pessoal da empresa e vários clientes que passavam pelo caminho.
Estava, no entanto, inquieto, olhando ao redor.
- Ela tá vindo. O uber pegou trânsito. - Laís apoiou a mão no ombro dele, apertando, para que relaxasse. - Depois do expediente quis voltar pra casa pra tomar um banho e trocar as roupas. Foi ficar bonita, mais bonita do que é, se possível. Fica tranquilo.
Ele riu fraco. Laís era muito amiga dele, bem como Moretti. Pegou a mão da amiga e deu um beijo no topo, sussurrando um "obrigado" pela tentativa de acalmá-lo.
- Você não vai fazer um discurso? - Moretti puxou o assunto, olhando a nova logo da empresa.
Tinha um G, um A e um F, tudo misturado, criado um símbolo bem chique e moderno. A letra G era maior do que as outras.
- Sim, mais tarde. - Ele murmurou, com os olhos fixos na porta.
E então ela entrou. Com um vestido de seda branco. Ele podia ver que estava sem sutiã de longe. Os cabelos claros caídos em perfeitos cachos desmanchando em cima de seus ombros. O olho bem marcado pela maquiagem, os lábios levemente rosados, o salto que usava. Ela estava perfeita da cabeça aos pés.
Stenio nunca tinha pensado em se casar. Mas ali, tão ansioso para que ela chegasse, e depois tão sossegado e completamente tomado pela beleza surreal dela ao entrar no salão com o vestido branco, fez com que ele quisesse se casar. Com ela.
Ele manteve seus olhos fixos nos dela. Ela, por outro lado, o ignorou. Passou a cumprimentar as pessoas da festa com um sorriso enorme no rosto. Socializava com todos, sabia o nome de todos, e todo mundo ali queria conseguir pelo menos um minutinho da atenção dela.
Até que ela finalmente foi abordada por uma senhorinha muito fofa, que estava sentada com sua família.
- Eu ainda não te conheço. - Heloísa percebeu.
- É verdade. Não conhece. Eu sou Eliza. E você, bem, qual seu nome?
- Heloísa Sampaio. Pode me chamar de Helô. - Ela disse, sorridente, enquanto recebia carinhos nas pontas do cabelo.
- Você é muito linda, moça! Tava falando pro meu marido aqui.. Você ia adorar conhecer nosso menino, ele tá solteiro. Deve ter sua idade mais ou menos. Quer dizer, acho que ele é um pouco mais velho, mas pouca coisa, viu? Ele é um gato, você vai adorar conhecer..
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suit and tie
Любовные романыHelô e Stenio trabalham juntos, e estão numa disputa para ver quem tem mais relevância no trabalho. Inimigos declarados, que eventualmente devem trabalhar lado a lado para salvar o escritório.