Capítulo 12

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Para quem costumava piscar rápido, Becky estava piscando devagar até demais. Seus olhos estavam presos na pele clara de Freen, que vestia um maiô preto simples. Por alguma razão desconhecida por ela seus olhos gostavam do que viam.

As orbes cor avelã até tentaram fugir, mas não conseguiram ao pousarem em Becky. A garota usava um maiô rosa florido, aberto nas costas, que sua mãe havia comprado para ela especialmente para a fisioterapia.

Freen suspirou e negou com a cabeça, Becky, de fato, era muito atraente, mas era Becky e, bem, além disso ainda era uma paciente.

— Vem, eu te ajudo. - Freen esticou os braços para Becky assim que Saint a colocou na piscina junto com ela. A maior usou seu braços para enlaçar o corpo de Becky assim que a menor tinha todo seu corpo agora na água.

— Está mesmo quentinha! - Becky exclamou sorridente, envolvendo seus braços no pescoço de Freen.

— Eu disse. - Freen respondeu enquanto segurava a garota delicadamente. Rebecca possuía algumas lesões na pele, assaduras essas que se deviam ao tempo que passara na mesma posição na cama. Estavam quase curadas, pois agora que se mexia ela dormia em outras posições e as enfermeiras tratavam com perfeição seu caso, no intuito de sará-la urgentemente. — Doem? - Freen perguntou apontando para as lesões da parte de trás das costas de Becky.

— Incomodam. - a menor confessou.

— Bem, se algo que eu fizer te machucar, por favor, preciso que me diga no mesmo momento, assim eu paro o que quer que eu esteja fazendo, tudo bem? - Becky assentiu. — Você aprendeu a nadar cachorrinho?

— Papai me ensinou. - Becky disse orgulhosa de si.

— Pode fazer isso agora? Eu segurarei seu corpo para não afundar, porque seus braços ainda estão fracos.

— Por que eu preciso fazer isso? - Becky questionou confusa.

— Porque os movimentos que fazemos na água exigem mais força de nós, mesmo que às vezes não pareça. - Freen explicou com maestria, vendo ela afundar uma mão na água distraída. — Isso vai ajudar suas pernas a ficarem mais fortes.

— P'Freen? - Becky chamou, retirando a mão que havia afundado na água e deslizando o dedo molhado pela vértice do nariz de Freen, rindo no momento seguinte.

— Por que fez isso? - a fisioterapeuta perguntou rindo.

— Não sei. O seu nariz é bonitinho.

— Freen, não temos tempo para brincar. - a voz rispida de Saint interrompeu o momento. Pohn estava apenas observando de longe, sentada em um dessas cadeiras de repouso.

— Desculpe. - ela disse. — Nade cachorrinho para eu ver, princesa? - pediu baixinho, vendo Becky olhar feio para Saint antes de voltar seu olhar para Freen e começar a mover as pernas. — Isso. Agora não pare de fazer isso.

— Até quando? Dói um pouco. - Becky revelou, não conseguindo realizar devidamente os movimento.

— Faça devagar e mantenha o ritmo para mim. - Freen pediu, segurando na cintura de Becky. A maior apoiou suas mãos nos ombros de Freen e fez os movimentos por longos minutos, mudando uma coisa ou outra conforme ela ia instruindo.

— Fre, estou cansada. - Becky reclamou, vendo Freen puxar seu corpo junto ao dela e sorrir.

— Hora de fazermos uma pausa. - Freen disse sorrindo, vendo Becky molhar sua mão na água igual antes e deslizar, vagarosamente, o dedo por seus lábios. — Meus lábios também são bonitinhos? - brincou rindo.

- São. - Becky respondeu, encarando-os quase sem piscar. — Muito bonitos. - a intensidade dos olhos caramelos fez Feeen limpar a garganta.

No que estava pensando ao imaginar a sensação dos lábios de Becky contra os seus?

Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora