Não me odeiem pela demora. Amo vocês, beijos.
As garotas se beijavam com afobação enquanto um filme qualquer rodava na televisão. Freen mal podia respirar, mas se negava a parar de beijar Becky. A garota gemeu baixinho quando a menor arrastou as unhas em suas costas por baixo da blusa e não resistiu em apertar com vontade a cintura de sua namorada, acariciando a barriga lentamente.
— Freen, por favor... - Becky sussurrou em um choramingo, enquanto Freen desceu uma trilha de beijos ao longo do pescoço da garota.
Ela queria, Becky queria, então por que não? Foi o pensamento impulsivo de Freen que a fez deslizar sua mão para dentro da calça de moletom que Becky usava, a acariciando por cima da calcinha. Ela ofegou quando sentiu o quão úmida a calcinha da garota estava.
"Não vou fazer nada além de ajudá-la. Não vou ir mais além." Repetia em seu interior como um mantra.
— Isso é bom... - Becky gemeu baixinho, abrindo inconscientemente as pernas e fechando os olhos para desfrutar do toque de Freen.
— Eu vou te ajudar a parar a vontade, está bem? - Freen murmurou, vendo Becky assentir e voltar a colar as bocas.
Os dedos de Freen começaram a massagear o clitóris de Rebecca por cima do tecido, fazendo a garota se contorcer abaixo de si.
— Fre, isso é muito gostoso... - Becky gemeu, mordendo o lábio inferior de Freen para abafar um gemido alto. Ela acelerou os movimentos, sentindo as unhas de Becky se arrastarem em suas costas.
— É? - Freen perguntou, quase explodindo em sua própria excitação.
— Sim, você está se aproveitando de mim. Todos sabem disso. Você é uma aproveitadora de inocentes.
Aproveitadora.
Aproveitadora.
Os olhos se abriram e Freen se sentou na cama, olhando tudo em volta. Maldito pesadelo dos infernos!
Sentiu o desconforto em sua intimidade e se levantou, trancou a porta e voltou a se deitar. Fazia quatro fins de semana desde o primeiro que Becky havia ido em sua casa e desde então não conseguia parar de se excitar com simples toques ou a ter aqueles sonhos onde Becky ou Pohn a acusavam de ser aproveitadora.
Ela sabia que não era, mas sabia que estava há tempo demais sem ter um orgasmo. Provavelmente era por isso que estava tão frustrada ultimamente. Isso acabaria ali, pensou.
Freen retirou toda a sua roupa e olhou no relógio, em menos de uma hora ela teria que ir buscar Becky, era uma rotina de seus fins de semana elas passarem ali, juntas, enquanto no meio de semana Freen iria visitá-la em sua casa pelas manhãs, afinal suas aulas práticas haviam voltado.
A garota suspirou e focou em Rebecca: Não seria errado se masturbar pensando nela agora, seria? Afinal ela não era tão inocente naquele assunto mais e já havia deixado claro para Freen que se excitava com ela. Tal pensamento a fez descer uma mão até sua clavícula e acariciar a região, descendo-a até seus seios. Seus dedos indicador e polegar se fecharam contra o bico entumescido e ela o apertou levemente, enquanto sua outra mão escorregava por sua barriga até alcançar seu clitóris.
Ela não precisava de muito, estava completamente excitada e, por isso, começou a massagear o nervo rígido, lembrando dos beijos quentes que já havia trocado com Becky, lembrando da maciez da pele da garota, da suavidade do toque dela contra seu corpo. Ela arqueou a coluna quando sentiu que estava perto.
Doce céus, quanto tempo não experimentava a sensação. Seu centro pulsava em clamor a um orgasmo quando Freen introduziu dois dedos em seu interior, gemendo baixinho com a sensação avassaladora que dominou os seus sentidos.
Ela começou um delicioso movimento de vaivém e, com o polegar, acariciava seu clitóris. Acelerou os movimentos quando sentiu que estava na borda, seu corpo já estava suado pelos movimentos rápidos e graças ao calor que a inundava, mas não estava sendo o suficiente, então apertou seu seio com mais vontade e retirou os dedos de dentro dela, os levando completamente encharcados até seu clitóris e começando a massagear o nervo com os dedos que antes estavam em seu interior. Ela gemeu ao sentir o quão molhada estava e acelerou ainda mais, aplicando mais pressão.
Estava chegando.
Estava chegando.
Podia senti-lo.
Todavia, batidas na porta a fizeram pular assustada.
— Quem é? - Freen perguntou, sentindo a frustração e o mau humor inundarem cada célula de seu ser.
— Becky e Pohn estão lá embaixo. - Nop gritou de volta, fazendo Freen estranhar. Era sempre ela que ia buscar Becky.
— Avise-as que vou tomar um banho bem rápido e em um segundo já desço. - disse, recolhendo suas roupas do chão. — E diga para ficarem à vontade. - avisou por fim, indo em direção ao banheiro.
Ela não conseguiria terminar o que havia começado, nunca funcionava por pressão, então nem se daria ao trabalho de tentar.
[...]
— Oi, coisa linda. - Freen disse assim que desceu da escada, dando um selinho em Becky, afinal Pohn já havia se acostumado, porque Becky se recusava a ter uma despedida sem um beijinho decente, como costumava chamar. — Olá, Pohn. - Freen disse, dando um beijo no rosto da mulher.
— Olá, criança. - Pohn respondeu gentilmente. — Não precisa fazer essa cara, só vim porque Becky alegava estar com saudades e queria te contar a novidade. - falou rindo ao ver a expressão preocupada no rosto de Freen.
— Novidade? - Freen perguntou confusa, mas paralisou ao ver Becky se levantar do sofá e caminhar pela sala. Seus olhos percorreram o ambiente à procura das muletas, mas não as encontrou.
— Oh meu Deus... - ela disse incrédula. — Eu estou... Estou tão feliz. - Freen exclamou, vendo Becky se aproximar dela e tocar seu rosto delicadamente.
— Por que está chorando, P'Freen? - Becky perguntou, enxugando uma lágrima do rosto de Freen.
— Porque a minha namorada está complemente bem e isso faz muito feliz meu coração. São lágrimas de alegria, sua boba. - Freen explicou, colando sua testa na de Becky.
— Agora eu vou poder descer as escadas e preparar nosso café da manhã igual você faz para mim. - Becky disse sorrindo.
— Freen será que podemos conversar um momento antes de eu ir? - Pohn perguntou e Freen assentiu.
— Claro, como está? - Freen perguntou, dando um selinho em Becky e acenando com a cabeça para Pohn a seguir até a cozinha. — Eu estava pensando, se você quiser vir passar os domingos com a gente eu ficaria muito feliz. Não gosto da ideia de te deixar sozinha por um fim de semana todo.
— Becky anda exigindo uma certa liberdade normal para sua idade, prefiro não atrapalhar. - Pohn disse sem jeito, se ajeitando em uma das cadeiras dali. Freen imitou seu movimento e também se sentou.
— Imagina, Becky adora sua companhia e eu também. Não se preocupe com isso. — Freen disse, segurando a mão da mulher.
— Acredito que precisem de um momento de privacidade e, bem... - ela limpou a garganta. — Meu limite de constrangimentos foi muito ultrapassado, então estou bem com isso. - replicou rindo e Freen assentiu.
— Bem, sobre o que queria conversar? - a mais nova perguntou.
— Sobre, hm, vocês. - a mulher disse envergonhada. Freen arqueou uma sobrancelha. Sobre elas? O que Pohn teria para falar, afinal?
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Em Um Piscar de Olhos (FreenBecky)
RomanceRebbeca Armstrong tinha apenas seis anos quando seus pais decidiram tirar as tão famosas férias em família. Iriam para a Tailândia, porém, o destino lhes foi cruel, causando o choque de um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o...